domingo, 7 de março de 2010

História do Alto Cedro do Líbano da America do Norte

De onde nós viemos?
Antes de entrar na história do Alto Cedro. Gostaria de citar o preâmbulo da nossa Constituição, que não só é adequada, mas às vezes preenche uma necessidade daqueles homens que são nossos Irmãos através da grande fraternidade maçônica e que progrediram do grau de aprendiz para companheiro, e Mestre Maçom.
Trata-se de promover conhecimentos mais amplos e amizade entre os homens já ligados por votos fraternais: para perpetuar-se como uma organização fraternal e social, e oferecer para o seu governo regular, "O bom livro afirma." No início." E assim é com os Altos Cedros do Líbano, houve um começo, onde e como é uma questão discutível e isso é um monte de conjectura, mas alguns fatos vem de fora da madeira.
Aparentemente, tudo começou em 1843 com alguns ativos e imaginativos Mestres Maçons que sonharam com a idéia de um Grau do Alto Cedro, e naqueles dias em que o grau era chamado de "The Ancient and Honorable Rite of Humility." "O Antigo e Honrado Rito da humildade". O nome "Grau do Alto Cedro" não se revela por si senão a possibilidade de um título um pouco mais curto do que o citado, e era para permanecer como tal até que nós adotamos o título de "Altos Cedros do Líbano dos Estados Unidos da América" em conseqüência da incorporação em 1902.
Foi por volta de 1846, após as reuniões da Grande Loja e algumas das Lojas Simbólicas da Pensilvânia e Nova Jersey área que eles teriam para realizar o Grau do Alto Cedro. E pelo que eu pude perceber, era uma forma de trote em que os candidatos ao grau obtidos a partir de quem está disposto a recebê-lo, era conferido por aqueles que já haviam recebido o Grau. No entanto, por um grande lapso de tempo nada foi ouvido sobre o Grau até o início da década de 1850 quando o Dr. Thomas J. Corson de Nova Jersey começou a conferir o Grau como ele tinha recebido, na Filadélfia.
Como você bem sabe nesse tempo o único meio de transporte era o cavalo ou charrete, e o trem, assim este Grau não foi conferido muitas vezes, mas garanto, sempre que tinha uma boa reunião de Mestres Maçons, o Grau do Alto Cedro era conferido. Era sempre muito divertido ver alguém começar o trabalho, até mesmo como ele é hoje. Alguém dos "Velhos Tempos" falou de um júri de homens que estão sendo alojados em um hotel na cidade de Nova Jersey, e ouviu que o Grau do Alto Cedro era para ser conferido. O xerife adjunto por ser Maçom levou aqueles que também eram maçons para vê-lo ser conferido e depois que terminou os trouxe de volta para o hotel. Deve ter sido algo realmente grande para passar por todo esse trabalho.
Após a morte do Dr. Corson, em 1879, o Grau do Alto Cedro foi mantido pelo Dr. Stevens, que organizou a primeira equipe regular do Grau e foi para várias cidades e vilas de New Jersey executar o trabalho.
Parece que Glassboro, Nova Jersey, foi o ponto focal para o desempenho do Grau do Alto Cedro, pois sempre havia candidatos suficientes para serem iniciados. Em 1887 o Dr. Stevens e sua equipe de Grau vieram para a cidade e confere o Grau para Frank W. Bowen e Orlando M. Bowen, e treze outros candidatos. Menciono os nomes desses Irmãos porque parte do grupo estavam na carta que formou o Grau do Alto Cedro do Líbano. Ainda hoje, o Clube Maçônico Pitman em Pitman, Nova Jersey é onde o Grau 34 é conferido, e talvez seja a conseqüência do Grau do Alto Cedro.
De maneira semelhante como o Grau 34 é agora conferido, no Clube Maçônico Pitman em 24 de maio de 1901, cinqüenta e quatro Mestres Maçons que tinham recebido o Grau do Alto Cedro reuniu-se em Manchester, New Jersey, para assistir e conferir o Grau para 53 candidatos de Glassboro, Clayton, Williamstown, Manuta, Woodbury e Filadélfia, acompanhados dos oficiais. Eles foram o Grão Mongol Frank W. Bowen, o Vice-Mongol Jacob Bibo, o Tesoureiro TC Allen, o Secretário Dr. FA Stanger, o Condutor S. Stanger Iszard, o Condutor Assistente Charles W. Wood, o Guarda Interno WH Jones, o Guarda Externo B.T. Ferrell, o Preparador de Florestas Bresier Westcoat, e o Capelão Junior Rev. John H. Algar.
Eu mencionei acima os títulos dos oficiais para dar uma idéia de como é composto o Time do Grau do Alto Cedro. Parece que a biblioteca da Grande Loja da Pensilvânia tem um manuscrito em seus arquivos escritos em 1864 pelo Irmão William H. Adams, Grande Secretário da Grande Loja, registrando o trabalho secreto, e uma descrição do Grau.
Quatro Mestres Maçons receberam o Grau do Alto Cedro que mais tarde se tornou Supremo Alto Cedro, Eles eram Frank W. Bowen, e Orlando M. Bowen, em 1887, David H. Lukens em 1888, e Johns S. Broughton, em 1889. Os irmãos acima, juntamente com outros (quinze no total, foram sócios fundadores da nossa organização) juntaram-se no Capitólio Estadual de New Jersey, na cidade de Trenton, em 18 de março de 1902 com propósito de estabelecer uma ordem fraternal a ser conhecida como os Altos Cedros do Líbano da América para divertimento, alegria e companheirismo. Esses irmãos sentiram que essa forma de amizade e sociabilidade acontecia tão pouco e criaram um pequeno formulário, que mediante a incorporação poderiam eliminar o acaso, os métodos desorganizados de conferir o Grau do Alto Cedro e, assim, estabilizar e preservar uma cerimônia de valor.
Eu honestamente acredito que no prólogo e na Corte Real, temos um dos mais belos trabalhos ritualísticos e estamos realmente agradecidos ao Rev. George S. Gassner, que foi fundamental na criação do ritual. Ele vem diretamente do primeiro livro de Reis capítulo 5 versículos 1 a 10, e do segundo livro de Crônicas, capítulo 2 versículos 8 e 9. Das duas passagens, no primeiro livro de Reis, o capítulo 5 é mais específico. Ele gira em torno da construção do Templo de Jerusalém, e que o Rei Salomão teve que confiar na ajuda do Rei Hiram de Tiro que enviou seus cortadores de madeira para a floresta do Líbano para derrubar e preparar todos os Altos Cedros para uso no Templo, portanto, os Altos Cedros do Líbano têm um fundo bíblico e o desempenho do Grau do Alto Cedro na Loja Simbólica, na conclusão das suas reuniões, nos deixa mais próximos de nossa tolerância maçônica.
Assim, a partir de 18 de março de 1902 até 1971 nós somos conhecidos como os Altos Cedros do Líbano dos Estados Unidos da America, no entanto, em 13 de novembro de 1971 em nossos 70 anos de existência, foi instituída uma Floresta no Canadá, que ficou conhecida como os Altos Cedros do Líbano da América do Norte. Enquanto a nossa força de adesão encontra-se na parte leste dos Estados Unidos continuamos expandindo lentamente para o oeste.
Ao longo de todos esses anos, os Altos Cedros do Líbano tinham uma maneira ou antera, na ocasião contribuíam para causas nobres, porém tornou-se realmente de maior idade, quando decidiram que "nenhuma organização poderia continuar a prosperar a menos que tivesse um bom objetivo definido para o benefício da humanidade”. Estes foram os comentários do Mui Venerável Grão Mestre Harry Campbell de Washington, DC, em 1933. Depois de anos de investigação e pesquisa, em 1951, encontraram não só uma causa digna, mas que precisava desesperadamente de apoio a distrofia muscular. Até 1972, apoiamos a Unidade de Metabolismo no décimo andar do Centro de Pesquisas em Nova York, através de nossas contribuições e Associações ao fundo Vida no objetivo nacional de beneficência.
Quando a Unidade Metabolismo do Centro de Pesquisa foi fechada em 1972, a Floresta Suprema foi informada de que a Associação de Distrofia Muscular e a Associação de Distrofia Muscular da América iam apresentar verbas sob a forma de bolsas de pesquisas para várias universidades e faculdades, na busca e cura da distrofia muscular, e gostaria de receber nosso apoio neste esforço. Foi decidido que os Altos Cedros do Líbano da América do Norte se tornaria uma parte deste projeto com o dia de campo Alto Cedro Jerry Lewis no verão. Assim, enquanto um aspecto do nosso objetivo nacional de beneficência desaparece gradualmente outro entra na linha de frente com a descoberta de uma possível cura para a doença temida por meio do projeto e proporcionar um pouco de diversão para essas crianças no verão.
Antes de encerrar, gostaria de deixar esse pensamento com você. Se você encontrar um Cedro vestindo uma pirâmide em cima de sua cabeça, cumprimente-o porquê ele sempre fica feliz em estender-lhe a mão da amizade, pois ele carrega em seu coração a compaixão, a amizade e o amor por seu companheiro - é por isso que ele é um Alto Cedro.

Escrito pelo falecido J. Edward Bullen, Past Grand Tall Cedar Baltimore nº 45, Supremo Historiador 1970-1975.
Fonte:
http://www.tallcedars.org/





































































































































domingo, 21 de fevereiro de 2010

Primeira Loja Maçônica do Rito Adonhiramita em Portugual

"O Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica Regular de Portugal, Mario Martin Guia, decretou autorização para que seja instalada a Primeira Loja Maçônica do Rito Adonhiramita, no país.
Segundo o Eminente Grão-Mestre do Pará, Waldemar Coelho, que é um dos maiores incentivadores para que o rito Adonhiramita cresça em todo o mundo, o sucesso da instalação em Portugal se deve ao apoio imensurável de inúmeros Maçons, tanto do Pará quanto do Rio de Janeiro e também “ao imprescindível apoio oferecido pelo amado irmão Luis Honrando Ramos, de Portugal”, ressalva o Grão-Mestre paraense em um dos parágrafos dos ofícios de agradecimentos pela instalação da Loja encaminhados ao Soberano Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil (GOB) Marcos José da Silva e ao Grande Patriarca Regente Adonhiramita, Florisvaldo Xavier. De acordo com Waldemar Coelho, Luis Ramos foi espetacular, a toda prova. “Ele recebeu com muita alegria a delegação de brasileiros que estivera num primeiro momento em Portugal entabulando propostas para a instalação do rito no país e ficou todo o tempo à nossa disposição”, lembra Waldemar, relatando que, até o “aprovo” do Grão-Mestre de Portugal, foram 40 dias de exaustivas reuniões. Waldemar diz ainda que o anfitrião Luis Ramos providenciou, além de lazer, uma série de passeios e visitas para a delegação brasileira. “A elegância do Ir. ’. Luis Ramos foi própria de um grande e honrado Maçom”, compara, agradecendo. Para retribuir tanta generosidade, o eminente Grão-Mestre paraense já pensa em reunir, em novembro, um número expressivo de obreiros do Grande Oriente do Pará e do Rio de Janeiro para irem participar de uma das sessões nessa primeira Loja Adonhiramita em Portugal, denominada por: ARLS José Estevão.
Já regularmente instalada e trabalhando sob os auspícios do GADU. ’., a ARLS José Estevão reúne-se na cidade de Aveiro, a 250 km de Lisboa. Na sessão magna de instalação, como forma de gratidão, seus obreiros investiram no cargo de Venerável Mestre o ilustre Irmão Luis Ramos que, também prestou significativa homenagem aos irmãos Marcos José da Silva, Soberano Grão Mestre do GOB; ao Eminente Grão Mestre do Grande Oriente do Pará, Waldemar Coelho; e ao Respeitável Grão-Mestre, Mario Martins Guia, oferecendo a cada um deles o honroso título de Membro Fundador da Loja José Estevão e os respectivos aventais personalizados do Rito, gravados com o nome de cada um.”
Fonte: Tribuna Maçônica - julho e agosto de 2009 - Edição nº 51 - Ano IX – Pág. 3







































domingo, 14 de fevereiro de 2010

Ordem dos Mestres Real e Seleto

O Grande Conselho de Mestres Real e Seleto da Inglaterra e País de Gales e seus Distritos e Conselhos Alem Mar é mais conhecido entre os maçons ingleses como Rito Críptico. Este Grande Conselho controla quatro graus que são conferidos em ordem cronológica: Mestre Seleto, Mestre Real, Mui Excelente Mestre e Super Excelente Mestre.
Há muitos Maçons que não se aventuraram além do simbolismo, Arco Real, ou mesmo o Grau da Marca. Pois entrando para os Graus Crípticos isso irá significar ainda mais uma noite, outra contribuição monetária, uma nova hierarquia maçônica e ainda mais quatro graus para aprender. Pode-se entender o motivo por que eles adiam essas adesões. De fato, como é necessário ser tanto Mestre Maçom da Marca como Maçom do Arco Real para ser elegível como candidato muitos nunca se qualificam. No entanto, nenhum desses fatores deve deter o Maçom em sua busca particular de uma maior compreensão da Maçonaria Salomônica, da Palavra perdida que, em seguida, foi substituída, como é bem conhecida na história tradicional do Grau de Mestre Maçom. Além disso, certamente há um grande número de eventos e lendas maçônicas omitidas entre o Simbolismo e o Arco Real. É esta grande lacuna, e uma razão pela qual o Rito Críptico deve ser visto como essencial para uma maior compreensão da jornada maçônica em busca da palavra perdida. Para avaliar isso, é necessário certa compreensão tanto das tradições do Antigo Testamento como também da posição do Templo na Maçonaria Simbólica.

O Antigo Testamento, Tradição e Lenda da Críptica
Embora a arqueologia moderna exigir revisões fundamentais na história do Oriente Médio e ter desembaraçado eventos históricos e um pouco das histórias bíblicas, o ritual maçônico é baseado na lenda tradicional do Antigo Testamento. Uma lenda onde o evento-chave é a construção do Templo de Salomão. Ele foi construído seguindo um modelo padrão, onde é hoje a Palestina e a Síria, sendo em forma retangular e voltado para o oriente com duas grandes colunas livres na frente dele. O edifício em si consistia em um vestíbulo, salão principal do santuário e, na parte de trás, o Santo dos Santos, um cubo pequeno, sem janelas, a habitação a Arca da Aliança. Naquele lugar se acreditava que o todo-poderoso YHWH permanecia sob as asas de dois grandes querubins. Adjacentes ao templo, segundo nos dizem, foram construídos outros edifícios no grande complexo de Salomão, incluindo o palácio, a sala de julgamento e do Tesouro.
O Antigo Testamento não faz menção a uma abóboda secreta ou cripta, nem passagens subterrâneas ligando o Templo ao palácio real, nem há referência a estes nos graus simbólicos. No entanto, em algumas tradições, como é ensinado nos Graus Crípticos e certamente no Arco Real (além de certos graus no Rito Antigo e Aceito, e um nos Graus Maçônicos Associados), esta abóboda secreta é fundamental para a sobrevivência da Palavra na Maçonaria Simbólica. Foi esta, de acordo com o Terceiro Grau, que foi perdida quando, pouco antes da realização do primeiro Templo, Hiram, o Arquiteto, um dos três Grão-Mestres, foi morto.
Após a morte de Salomão, diz-se, seu reino foi dividido em dois: Israel e Judá. O primeiro, do norte, foi invadido durante o século VIII AC e se tornou parte primeiro dos assírios e depois dos impérios da Babilônia. Sob o grande rei da Babilônia, Nabucodonosor (605/4-562), Judá também foi invadida e em 586 Jerusalém caiu e as pessoas foram levadas para o exílio vulgarmente conhecido como cativeiro da Babilônia. O Principal Forasteiro no Arco Real lembra o Grande Sinédrio que era devido aos pecados da casa real e do povo, é que foram conduzidos com o rei Joaquim, em um exílio por setenta anos.
No entanto, antes desse evento, seu pai, um vassalo de Nabucodonosor, se rebelou. Ele morreu no mesmo mês que uma força foi despachada para esmagar a rebelião e o seu filho, de dezoito anos de idade, Joaquim, foi colocado no trono. Dentro de três meses a cidade se rendeu e Joaquim e sua família foram levados para a Babilônia. Seu tio, Zedequias, foi instalado como governante fantoche. Zedequias foi incapaz de controlar seus nobres e prevenir novas insubordinações, levando mais uma vez a entrarem em luta contra Babilônia, culminando em seu final horrível e um mês depois a destruição de Jerusalém (586) pelo comandante da guarda de Nabucodonosor. Isto foi seguido por um período muito curto com Gedalias, ex-ministro chefe de Zedequias, instalado como sátrapa sobre o que restou da devastada Judá, até então ser assassinado por um membro da casa real. É neste ponto que o Grau de Super Excelente Mestre é estabelecido para comemorar aqueles que permaneceram fiéis quando foram atacados por todos os lados sem esperança de vitória.
O Império Babilônico foi pouco depois invadido pelos Persas, sob Ciro, o Grande (550-530), com a Babilônia tomada em 539. No Arco Real estamos familiarizados com o Decreto de Restauração de Ciro em 538. Isso levou, posteriormente, no reinado de Dario I (522-486) a reconstrução do Templo (520-515) sob Zorobabel, o governador judeu de Judá. Estamos todos familiarizados com a recuperação da Palavra, durante a construção do Segundo Templo, no Arco Real.
Dentro da Abóboda Secreta
No primeiro dos graus Crípticos o candidato é "escolhido como um Mestre Seleto". Ele é um dos vinte e sete, com conhecimento da abóboda secreta, construída em completo sigilo sob as ordens dos três Grão-Mestres antes da conclusão do Primeiro Templo. Isto aconteceu para preservar os seus segredos e tesouros para o dia quando, de acordo com os profetas, os seus inimigos destruíssem Jerusalém, porque os filhos de Israel tinham abandonado o caminho da verdade. De muitas maneiras, essa medida pode ser considerada a perfeição da Maçonaria Simbólica, sendo ao candidato, especialmente, confiados conhecimentos esotéricos, bem como vigorosamente lembrado da necessidade de vigilância e sigilo.
No entanto, o grau seguinte, no qual o candidato será "honrado como um Mestre Real" é por muitos considerado como contendo uma das peças mais belas e profundas do ritual maçônico. O candidato representa Adoniram ambicioso para receber conhecimento e promoção, que questionando bruscamente Hiram Abif, pouco antes do assassinato do terceiro grau, recebe sábio e humilde conselho sobre o destino inevitável do homem. Como primeiro o candidato, e muito mais tarde, um dos principais oficiais do Conselho, que na qualidade de representante de Hiram instrui o candidato, faz isto ser uma poderosa experiência de iniciação. Isso por si só torna o Rito Críptico como um complemento importante para a compreensão maçônica, mas o Grau de Mestre Real continua também com a lenda da abóboda secreta e os meios pelos quais a palavra foi preservada, apesar da iminente morte de Hiram. O subseqüente saqueamento do Templo é simbolizado nos últimos graus Crípticos.
A Arca e o Triângulo
A Arca da Aliança, que é o mais importante dos Tesouros dos Filhos de Israel como símbolo da sua ligação com YHWH desde os dias de Moisés, parece surpreendentemente esquecida nos muitos graus da maçonaria por causa da sua preocupação em construir o Templo para abrigá-la! No entanto, no terceiro grau do Rito, o Mui Excelente Mestre, é bastante claro que a colocação cerimonial da Arca, a sede terrena de YHWH, no Santo dos Santos na dedicação do templo, foi à culminação da obra de Salomão. Como a construção do templo deve ser vista como uma alegoria para a jornada espiritual dos homens, a colocação de Deus no seu centro é de extrema importância para um Maçom "recebido e reconhecido como um Mui Excelente Mestre". Além disso, mais de quatro séculos depois, no grau de Super Excelente Mestre, aqueles que permaneceram fiéis a seu Deus, simbolicamente guardaram a Arca da Aliança, sob o comando de Gedalias na hora exata da destruição do Primeiro Templo. É justo então que a jóia e o avental da Ordem sejam, ambos, de forma triangular, emblema da Divindade, na sua forma trina da onisciência, onipresença e onipotência. A instrução não é apenas para a importância da fé, mas também para o triplo dever devido a Deus, ao próximo e para si mesmo, não menos importante que a época do julgamento final. Desconhecida para os Maçons fiéis foi por muito tempo transmitida como lenda até ser esquecida, e muito abaixo de seus pés permaneceu a abóboda secreta e a palavra perdida. Isto era para permanecer lá durante o seu longo sofrimento e, finalmente ser redescoberto pelo Forasteiro no Arco Real.
O que estava perdido
Todos nós estamos de alguma forma em busca da grande Luz Maçônica. Isto é ilustrado na maçonaria simbólica, "salomônica", como a busca da palavra perdida no Terceiro Grau e que é encontrada no Arco Real. Sem a Ordem dos Mestres Real e Seleto, fazer essa busca é ainda mais difícil. Suas tradições deixam claro que um grande cuidado foi tomado para preservar em segredo contra o desastre, a Palavra e o tesouro mais importante do Templo, que é simbolizado pela Arca da Aliança. Os Graus Crípticos nos ajudam a compreender os passos que, até o Arco Real, tinha, mas que desapareceram na lenda. Eles nos ajudam em nossa jornada.

Por Matthew Christmas, que é o atual Três Vezes Ilustre Mestre do Conselho Terra Sancta No. 151 do Distrito Críptico de Oxfordshire, Berkshire e Buckinghamshire.
Freemasonry today – Abril/2002 – Edição nº 20















domingo, 7 de fevereiro de 2010

Museu a céu aberto na Inglaterra

Beamish é um museu a céu aberto na Inglaterra, um pouco como o nosso velho Sturbridge Village... onde apenas o calendário está estacionado em torno de 1900.
Em 19 de abril de 2006 aconteceu à reabertura, com uma “nova marca", do edifício maçônico, tornando a construção a primeira, permanentemente, aberta ao público na Europa! Sua Alteza Real o Duque de Kent (o Grão Mestre da Grande Loja Unida da Inglaterra) abriu a atração maçônica junto com centenas de maçons com seus paramentos completos.
Os maçons unidos em marcha ao longo da Rua Town, em Beamish, tornaram-se o maior grupo de maçons a se expor em publico, com os paramentos completos, nos últimos tempos.
O intrigante edifício maçônico é uma autêntica recriação do início do século XX do edifício maçônico, que foi criado em Park Terrace, Sunderland. Dele foi retirado tijolo por tijolo, pedra por pedra e reconstruído em Beamish. O simplesmente deslumbrante edifício maçônico foi construído por trás de uma fachada de tirar o fôlego, com decoração e o moveis maçônicos raros, pinturas e artefatos, proporcionando uma visão única sobre o mundo dos maçons em 1913. Co-financiado e desenvolvido em conjunto com os maçons, a nova atração foi criada com autenticidade completa a fim de replicar um verdadeiro edifício maçônico do início do século XX – preparado, como teria sido, para uma reunião maçônica da época.
O interior espetacular tem um impressionante piso em forma de tabuleiro de xadrez em mármore preto e branco, uma lareira gótica fantástica, deslumbrantes grandes cadeiras de meados do século XVIII, quadros e pinturas originais com itens da simbólica maçônica. O prédio também abriga outras salas tradicionais de uso maçônico, incluindo uma sala para troca de roupas, sala de recepção, e Museu em uma sala no andar de cima.
A abertura oficial do edifício aconteceu, com todo o esplendor, com uma procissão maçônica de 300 maçons com paramentos completos, levada por uma banda descendo a rua de paralelepípedos, que foi enfeitada com bandeiras e coberta de maçons, suas famílias e muitos visitantes do Museu. Na retaguarda da procissão seguiu uma carruagem puxada por quatro cavalos magníficos, dirigida pelo Lord Lieutenant de Durham, Sir Paul Nicholson, o qual provocou murmúrios de admiração dos 2.000 maçons e convidados reunidos na rua. Os ocupantes do carro eram o Grão-Mestre Sua Alteza Real o Duque de Kent, o Grão-Mestre Provincial de Durham, Dr. Alan Martin Davison, e o diretor do Museu Beamish, Miriam Harte e outros membros da comitiva.
Depois a carruagem parou do lado de fora do edifício maçônico e eles foram levados a um pódio onde foram recebidos pelo Deputado PGM de Durham, Derek Richmond. A abertura formal começou com a entoação da canção " Hail Eternal by whose Aid " tocada pela banda, liderada pelo Coro Provincial e o canto animado de 2.000 vozes.
Discursos de boas-vindas foram feitos por Miriam Harte e pelo Grão-Mestre provincial. Depois destes, o Grão-Mestre foi presenteado com um bonito jarro de Sunderland coberto com símbolos maçônicos, em nome dos maçons da província, para marcar esta ocasião especial. Saindo do pódio, a festa fez o seu caminho até a porta do prédio, onde o PGM assistente, Eric Heaviside, e o presidente do Museu Provincial, Tom Coulson, ambos os quais tiveram grande responsabilidade para com o projeto, foram apresentados ao Grão-Mestre.
A senhora Dorothy Hall, de quem foi à idéia de construir o edifício maçônico como o Projeto do Milênio da Província maçônica de Durham, foi então conduzida ao Grão-Mestre e lhe presenteou com a chave do edifício. Após o Grão-Mestre destrancou e abriu a porta principal, o publico presente na festa fez um passeio pelo interior do edifício impressionante, enquanto que do lado de fora a multidão juntou-se com a comunidade cantando acompanhadas pela banda e coro.
Saindo do edifício, o Grão-Mestre e o Grão-Mestre Provincial ficaram no topo da entrada, enquanto cantavam uma comovente 'God Save the Queen'. A procissão, em seguida, foi novamente formada, liderada pelo Duque de Kent e do Grão-Mestre Provincial, fez o seu caminho de volta cantando e animando o público. Foi um dia inesquecível que viverá em nossa memória
Fonte: Newsletter No.45 Page 12, Rural Lodge AF&AM, 8th Masonic District of Massachusetts - USA


















































































domingo, 31 de janeiro de 2010

Antiga Ordem dos Jardineiros Livres

Recentemente o Irmão Bob Cooper, curador do Museu e Biblioteca da Grande Loja da Escócia publicou um excelente livro sobre Antiga Ordem dos Jardineiros Livres.
Ele dá uma noção de uma Fraternidade cujos emblemas
e diplomas são semelhantes à da Maçonaria, embora não tão antiga como nossa maçonaria já existia há trezentos anos antes de entrar em um declínio dramático no início do século XX.
As insígnias da Ordem, que são reproduzidas nesta página são muito semelhantes aos dos emblemas da nossa Ordem. Neste caso, o esquadro e compasso estão em forma regular, mas em vez da letra “G”, os emblemas dos Jardineiros têm uma faca de poda em aberto.
A Loja Hawthorn foi fundada em Bothwell em 1796 e é uma das mais antigas Lojas de Livres Jardineiros, em Uddingston, a Loja Bluebell foi formada em 1874, dois anos antes de nossa própria Loja St. Bryde, em Baillieston a Loja Adelphi foi fundada em 1863 e uma Loja independente (não filiada à Grande Loja dos Jardineiros) foi fundada em 1822, a Loja Livingstone Thistle foi fundada em Blantyre, em 1877, e a Loja Daisy em Bellshill em 1876.
É
certo que a antiga Loja Hawthorn que existia em Bothwell em 1796 foi criada pelo grande número de jardineiros “operativos” que trabalhavam nas fazendas de Bothwell Castle. Mas as origens desta Ordem que foi, quase certamente, criada na Escócia, muitos anos antes da Inglaterra e da Irlanda como uma organização fraterna é como a nossa própria Ordem que em tempos antigos teve um início “operativo”.
Os primeiros indícios da existência da Ordem são encontrados em um livro de atas datado de 16 de agosto 1676, o qual começa com a “Criação da Fraternidade dos Jardineiros de East Lothian” que é constituída por quinze regulamentos.

Em um registro de 1 de Maio 1677, 66 membros assinam uma “obrigação” e comprometem-se a manter a boa ordem e melhorar o orgulho e a honra dos Jardineiros Livre locais. Na Escócia o século XVII foi marcado por uma agitação social considerável, devido às guerras dos Covenanters, após a assinatura do Pacto Nacional em 1638, um protesto contra Charles I pelas inovações eclesiásticas. Após a restauração da monarquia Stuart em 1660, o Episcopado foi reintroduzido na Escócia em 1662 e os sucessores dos signatários do Pacto Nacional marcaram a segunda fase das guerras que se mantiveram até aproximadamente 1689. A fazenda do Duque de Lauderdale (1616-1681) era a Thirlstane Castle (aproximadamente 17 milhas de Haddington). Como Comissário para o Parlamento escocês e secretário de Estado, ele foi governador virtual na Escócia. Sua influência foi particularmente forte em Haddington onde tinha parte de uma fazenda Abadia.
Em 1672, cinqüenta de seus “dependentes” (seus servos, retentores e cocheiros) foram feitos Burgueses da cidade por sua insistência, e novamente em 1678 ainda mais seus apoiantes foram feitos Burgueses.
Durante o ano de 1679 a cidade estava em tumulto. O Duque de York, que se tornou rei James VII (Tiago II da Inglaterra) em 1685 veio para a Escócia como Comissário Real. Lauderdale foi responsável por recebê-lo em East Lothian e ordenou que um banquete para 2000 pessoas fosse fornecido pelo município de Haddington como parte dessa recepção. Em 1688, mesmo com as guerras dos Covenanters chegando ao fim, neste ano as tropas de John Graham, de Claverhouse (1648-1689), são esquartejadas em praça pública, em parte à custa da cidade, a fim de reprimir as tendências Covenanters da população. O período de 1670-99 também foi marcado por períodos de fome intermitente e também pode ajudar a explicar a ausência total de atas durante esse período.
A fome severa de 1674 e 1675 poderia ter levado a decisão inicial de formalizar a, então, associação de jardineiros existentes na área. Durante o século XVII os jardins formais da Coroa e da nobreza começaram a ser copiados pela menor nobreza. A formação da Ordem dos Jardineiros coincide com o crescimento do interesse e da aplicação da arquitetura renascentista por latifundiários e da necessidade de um grande número de jardineiros no trabalho. A adoção de jardinagem clássica como um realce de edifícios, é provavelmente melhor conhecida na Escócia a partir do trabalho de John Reid (1655-1723). Seus pensamentos sobre os “jardins de recreio” são registrados em seu livro Os Jardins Escoceses e repete os modelos formais da época. As evidências disponíveis revelam que uma Loja em Haddington existia no final do século XVII e no início do século XVIII uma em Dunfermline. Três outras vieram a existir no final do século XVII em Bothwell, Cambusnethan e Arbroath.
Em 6 de Novembro 1849 foi realizada uma reunião na Lasswade, Midlothian, para a qual todas as Lojas conhecidas foram convidadas para formar uma Grande Loja. Após a reunião, muitas Lojas até então desconhecido para as outras entraram em contato. Através da diligência da primeira “Grand Lodge Office Bearers” mais Lojas foram identificadas em toda a Escócia e dadas a conhecer umas as outras.
Em meados do século XIX há registros de uma explosão de novas Lojas. Em 1859 a necessidade de uma melhor organização tornou-se aparente e uma reunião de Lojas foi convocada para ser realizada em Edimburgo, onde "mais de cem Lojas estiveram representadas". O tema principal do debate foi a forma que a Grande Loja deveria tomar. O debate se concentrou em a Grande Loja ser ou não um único corpo permanente, ter uma estrutura Provincial ou ser uma Grande Loja nômade como os Jardineiros Livres tinham na Inglaterra. Os detalhes não são claros, mas um compromisso parece ter sido alcançado com a formação de uma Grande Loja do Oriente e uma Grande Loja do Ocidente. A Loja de Dunfermline recebeu um convite para participar da Grande Loja, um convite que foi recusado. Sabia-se que existiam vinte Lojas de Jardineiros antes de 1849 - antes de qualquer organização central. Após a formação da primeira Grande Loja, em 1849, 69 lojas foram formadas incluindo três na América e uma em uma milícia local. As ultimas Lojas, na medida em que pode ser determinado, foram formadas em 1905.
Também é interessante notar que, como a Maçonaria, a Antiga Ordem dos Jardineiros admitiu membros não jardineiros em uma fase inicial de seu desenvolvimento, com uma taxa mais elevada do que a de um jardineiro. Desde o início, então, a Ordem aceita a admissão de não jardineiros como um prêmio. East Lothian era, e é, uma área de terra agrícola rica e tinha, e tem muitas casas de campo grandes. Haddington é a cidade do condado e ter uma Loja ali situada era bastante lógico já que este era o centro de atividade do país. Outros centros de população eram relativamente pequenos e era para Haddington que viriam os proprietários de terras, certamente, em dias de mercado, realizar negócios e recrutamento de trabalhadores, incluindo os jardineiros.
A Loja teria sido o ponto central de contato. Em essência, os proprietários de terras não tinham nada a ver com o “ofício de jardineiro”, mas os benefícios mútuos de uma associação mais estreita entre os dois grupos sociais foi reconhecida pela Grande Loja, como indicado na Constituição, e a admissão de “Nobres, Cavalheiros” era claramente vantagem financeira para a Loja. Também é provável que esta envolvido um elemento de legitimação da Loja especialmente dada a inexistência de qualquer status oficial. É mais difícil estimar o que os não jardineiros ganhavam decorrente da adesão. É possível que tenham satisfeito a sua curiosidade e/ou conselho solicitado. Um elemento de voyeurismo não pode ser descontado.

Uma ata da Loja mostra que era fornecida assistência prática aos proprietários de terra especialmente no fornecimento de produtos. Por exemplo, em 1693, um proprietário de terras de Athelstoune comprou duas dezenas de couve-flores e que um proprietário de terras de Nunland comprou um quilo de sementes de alho-poró. Este registro foi feito durante o último grande período de fome que durou a partir desse ano até 1699. Por 1704, a oferta e venda de plantas e sementes tinham terminado ou, pelo menos, estas atividades não foram registradas em ata. Isso pode indicar que a necessidade imediata de ter tal seguro como uma base contra a escassez de alimentos tinha diminuído. Outras disposições estão preocupadas com o controle do oficio da jardinagem. Por exemplo, nenhum irmão deve, “Induzir ou seduzir seu Irmão Aprendiz ou Servo, ou adquirir serviços para ele, a menos que sua liberdade seja obtida ou dada primeiro” e “Irmãos admitidos deverão dar o seu melhor conselho a seu irmão de nivelamento, de campanha, plantio e tratamento da terra”.
O Irmão Bill Perry, P.M., Secretario da Robert Burns Lodge No. 440 foi quem gentilmente emprestou um avental dos Jardineiros que pertencia a um membro da sua família. O Avental vai estar em exibição durante o mês de abril, no gabinete de exposição no hall de entrada como um complemento a este artigo.
O livro de Bob Coopers pode ser obtido na Grande Secretária pelo preço de £10 (dez libras).
Nossos agradecimentos a Bob para a sua permissão para reproduzir as informações de seu livro.






















domingo, 24 de janeiro de 2010

Loja Resurrectio nº 99 - Rito São João

A fundação da Loja Resurrectio nº 99, deu-se no dia 6 de dezembro de 1956. Os fundadores eram oito Irmãos imigrantes que chegaram ao Brasil em diversas épocas e das mais diversas partes do mundo, mas que tinham em comum, além do fato de serem Maçons, a língua húngara. Todos tinham sido membros das Cercle Hungrois, associação predecessora da Loja Resurrectio. A Loja recebeu diploma provisório em 22 de dezembro de 1956, na gestão do Grão-Mestre Francisco Rorato.
Desde a fundação, a Loja Resurrectio adotou o Rito São João e trabalhava em húngaro, conforme a generosa concessão da GLESP, visto que alguns obreiros ainda não dominavam o português. O Rito São João, praticado até hoje, foi trazido da Hungria e a Resurrectio é a única Loja do País a empregá-lo. Com o reeguimento das Colunas nos países da Europa Centro-Oriental, a partir dos anos 90 do século passado, variantes do Rito São João voltaram a ser praticados em diversos países. A Assembléia Geral da GLESP, em 20 de junho de 1958, homologou os Regulamentos Internos da Loja, e, assim, finalmente, ela foi iluminada.
Vinte e oito anos mais tarde, a Loja traduziu o rito e passou a trabalhar exclusivamente em português. Em 1969, a Loja Resurrectio coordenou juntamente com a Loja Kossuth, de Buenos Aires, o Encontro Sul-Americano de Maçons de Língua Húngara, numa época em que as Lojas em húngaro funcionavam apenas no exílio, devido ao banimento da Ordem nos países da Europa Centro-Oriental. Um dos mais conhecidos membros da Resurrectio foi o saudoso Irmão Paulo Fuchs.
Aleksandar Jovanovic
Revista Grande Loja em destaque nº 68 - Glesp
Imagens da comemoração dos 25 anos da Loja, com a presença do Grão Mestre Adj. da Hungria e sua comitiva.



segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Loja Fé a primeira Loja regular paraguaia

Em 1869, Nuestra Señora de La Asunción, hoje Assunção, capital da República do Paraguai, foi ocupada pelas forças da Argentina e do Brasil, juntamente com o Uruguai, os aliados vitoriosos na Guerra da Tríplice Aliança.
Na cidade sitiada reinava o caos e confusão: os doentes e feridos chegavam de todo o país muitas vezes não encontravam abrigo e cuidados médicos.
Ao mesmo tempo, se constituía o primeiro governo nacional encabeçado pelo paraguaio Cirilo Antonio Rivarola, o Marechal López seguia rumo a Amambay com sua pequena força de soldados.
Para superar tal grau de caos e miséria, surge o primeiro movimento maçônico na capital do Paraguai, que foi iniciado pelo Dr. José Roque Pérez, Primeiro-Ministro da Argentina, Dr. José Maria Paranhos, Ministro Plenipotenciário do Brasil, seu compatriota Don José Segundo Decoud e outros compatriotas e estrangeiros, criando um asilo, sob a direção da primeira Loja maçônica regular, chamada Fé, fundada em maio desse ano, a fim de proteger, suavizar e dar abrigo a todas as famílias que vinham chegando à Assunção.
Terminada definitivamente a Guerra da Tríplice Aliança e com a morte do marechal López em Cerro Cora, Amambay, em 1870, começa no Paraguai a ação maçônica, impulsionada pelas forças brasileiras de terra e mar que contavam entre seus chefes e oficiais com muitos maçons
Assim, nesse ano, o Supremo Conselho se instala tendo como primeiro Soberano Grande Comendador o Ilustre Irmão Dr. João Adriam Chaves, Chefe do Corpo Médico da Marinha brasileira no Paraguai, e seu Lugar-Tenente, Ilustre Irmão Hermes Ernesto da Fonseca, Coronel do Exército Brasileiro na ocupação, ambos Grau 33.
Os dignitários e oficiais, quase todos, são comandantes e oficiais dos navios brasileiros.
Logo em seguida se instalaram as seguintes Lojas: FRATERNIDAD MASONICA, ASILO A LA VIRTUD, FE E LAVORO, que juntamente com a Loja Fé completaram quatro entidades. Na cidade de Humaitá ao sul da República, foram instaladas as Lojas ESPERANZA,CARIDAD e AMOR A LA VIRTUD.
Na cidade de Cerrito, uma ilha que pertencia ao Paraguai e atualmente à Argentina, localizada na junção do rio Paraguai, e que servia como arsenal para a marinha brasileira, se instalou a Loja CRUZ que posteriormente foi transferida para Mato Grosso, hoje Pharol do Norte e está estabelecida em Ladário, Mato Grosso do Sul (ainda em atividade e sob os auspícios do GOB).
Em 1876, no mês de julho, a Loja Fé passou a ser Capitular. Neste mesmo ano as forças aliadas terminaram a ocupação de Assunção, capital do Paraguai, e abandonaram as atividades nas lojas maçônicas.
Na seqüência destes fatos são estabelecido na capital algumas Lojas, algumas sob a égide do Grande Oriente Unido e Supremo Conselho do Brasil, outras no âmbito do Supremo Conselho do Uruguai e outras independentes que não pertenciam aos Supremos Conselhos do Grau 33 confederados em Lausanne, todas as quais se reuniram em 22 de fevereiro de 1896 colocando-se sob os auspícios do Supremo Conselho do Paraguai reconstituído e estabelecido definitivamente em 3 de Janeiro de 1897, e patrocinado pelo Supremo Conselho da República Oriental do Uruguai, fazendo parte da Confederação das Potências Maçônicas escocesas.
Fontes:
LOJAS MAÇÔNICAS MILITARES
Roberto Aguilar M. S. Silva
Membro Vitalício da Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul, Brasil
http://www.glsp.org.py
http://www.galeon.com/masoneriapya/index.html