Meus Irmãos
Nesta 5ª feira (05 de Abril), estaremos reunidos na Câmara Filosófica Ariovaldo Vulcano para Iniciação de alguns Irmãos nos mistérios do Grau 18. Nessa ocasião realizaremos também o XLII Conclave cujo tema escolhido para este ano é “ESPERANÇA” e onde os Cavaleiros Rosa Cruzes reúnem-se para realização da Ceia do Grau 18.
Nesse sentido, e para mais uma oportunidade de confraternização, convidamos aos Irmãos do Grau 18º ao 33º e acima para participarem conosco de mais este evento dos Graus Filosóficos.
EVENTO: XLII Conclave
LOCAL: Câmara Filosófica Ariovaldo Vulcano, Rua São Felix, 789, Vilas Boas, Campo Grande/MS.
DATA E HORÁRIO: 05 de Abril, as 19:00 hs (ocasionalmente nesta sessão iniciaremos mais cedo que o horário habitual)
CUSTO ÀGAPE R$ 20,00 (Confirmar presença)
MEDALHA E DIPLOMA: R$ 45,00 (Opcional, solicitar antecipadamente)
Fraternalmente,
Omar Ayub
Presidente do Capitulo Rosa Cruz Aurora II
O GRAU
O 18º grau, Cavaleiro Rosa-Cruz, também chamado de Cavaleiro da Águia Branca ou Cavaleiro do Pelicano, é um Grau especial e um dos mais importantes, espiritualmente, tem como tema principal a procura da Palavra Perdida e a realização da fraternidade universal, por meio do amor, da Nova Lei, de que fala São João Batista. Historicamente, todavia, o grau situa-se na época de Jesus, quando a Judéia, conturbada pela dominação romana e pelas seitas que disputavam o poder temporal e espiritual, entrava em processo de desagregação, que levaria à destruição de Jerusalém.
A vida religiosa, em torno do segundo templo, sempre foi muito intensa e tendente a preservar a pureza e a autenticidade das tradições hebraicas, constantemente ameaçadas pelos invasores, que se sucediam, no domínio da palestina. Sob o domínio romano (a partir de 68 a.C.), o país seria, desde 37 a.C., governado por Herodes Magno, preposto de Roma, o qual governaria até 4 a.C., tendo, para marcar sua administração, feito demolir o templo de Zorobabel, para, no mesmo local, edificar o terceiro templo, a partir de 19 a.C. . E foi em torno desse terceiro templo que a vida religiosa foi mais incrementada e agitada, pois a rivalidades políticas e as divergências teológicas haviam dado origem a três seitas, ou partidos religiosos: a dos saduceus, a dos fariseus e a dos essênios.
Os saduceus formavam o partido sacerdotal e dos poderosos, baseando sua conduta na intransigente fidelidade à Torá (o Pentatêuco), defendendo a supremacia do povo eleito e a grandeza espiritual do templo. Para eles, só as formas legais e as crenças presentes na Torá é que determinavam a fé de Israel. Daí sua extrema severidade em matéria penal e o fato de não aceitarem especulações e interpretações sobre o texto da lei, recebida no monte Horeb, no Sinai. Apegados, ferrenhamente, ao templo, desapareceram com ele (no ano 70). Os fariseus (do hebraico: perushin = separados), admitiam, além da tradição escrita da Torá, uma extensa tradição oral, que dava, aos doutores da lei, autoridade, autoridade para interpretar o texto da Torá, adaptando-o às diversas circunstâncias concretas da História. Sendo uma espécie de ordem religiosa, ao mesmo templo contemplativa e docente, o farisaísmo definiu os conceitos religiosos básicos do judaísmo, os quais iriam ser, em larga escala, utilizados pelo cristianismo: a justiça de Deus e a liberdade do homem; a imortalidade pessoal; o julgamento depois da morte; o paraíso, o purgatório e o inferno; a ressurreição dos mortos; o reinado de glória. Todos esses pontos doutrinários foram levados à Igreja nascente por Saulo --- canonizado como São Paulo --- que se dizia "fariseu, filho de fariseus".
A atividade dos essênios, embora descrita pelos historiadores da época e posteriores, como Flávio Josefo, Filon, Plínio, Dion e Prúsio, só se tornou bem mais conhecida a partir da descoberta dos manuscritos de Cumram (rotulados como "manuscritos do Mar Morto"). Homens e mulheres, vindos de todos os centros comunitários de Israel, viviam agrupados em comunidades, que se consagravam ao ideal da vida religiosa, do silêncio, da oblação e do amor. A entrada nesse círculo de monarquismo implicava o compromisso de viver, conforme a lei mosaica, uma vida de prece, obediência, pobreza, pureza e submissão à vontade de Deus. Na solidão dessa vida retirada é que os ritos religiosos tradicionais iriam adquirir o seu pleno sentido: a purificação pela água, a comunhão dos irmãos no vinho consagrado e o pão dividido no curso das refeições, na cerimônia denominada kidush (sagrado), origem da eucaristia.
Nesse ambiente é que surgiu Jesus e esse é o momento histórico abordado no 18º grau, no qual, inclusive, são encontrados costumes e ritos tradicionais, embora lhe tenham, também, sido enxertados símbolos reavivados por agrupamentos místicos medievais.
José Castelani
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