terça-feira, 17 de novembro de 2009

ARLS De Emulação, nº. 2.501, GOB-MS, Oriente de Campo Grande/MS, chega à maioridade

Breve Histórico
A fundação da loja De Emulação nasceu de um sonho e de uma preocupação. 15 Irmãos preocupados com os rumos da Maçonaria no Mato Grosso do Sul, onde ela devesse ser coesa, estudiosa e representativa, se reuniram por sete vezes, e dessas reuniões nasceram os primeiros entendimentos visando atingir o objetivo, que era o de abertura de uma Loja maçônica com a finalidade de pesquisar e estudar de forma constante os segredos da Maçonaria.
O Nome Emulação e a 1ª Reunião
Numa dessas reuniões tomou-se conhecimento de uma loja denominada "Emulation Lodge of Improvement" que reúne-se semanalmente, às sextas-feiras, de outubro a junho, no Templo Maçônico, à Great Queen Street, Londres, Reino Unido, e desempenha as cerimônias e as Preleções de acordo com o Ritual de Emulação. A Loja Emulação de Aperfeiçoamento para Mestres Maçons este é o seu nome completo fez a sua primeira reunião no dia 2 de outubro de 1823. O Comitê da Loja é o Guardião do Ritual de Emulação, e é conhecido no Brasil como Rito de York.
A nova Loja teria os mesmos objetivos, surgindo dai o nome "De Emulação". Com a formalização do processo de fundação, a Loja Edificadores de Templos n.º 2013 cedeu o seu templo às quintas-feiras para o funcionamento da nova loja, que após obter autorização do Grande Oriente do Brasil – Mato Grosso do Sul, para seu funcionamento provisório teve sua 1ª reunião constituída de 13 irmãos, no dia 17 de novembro de 1988, ficando esta data como a oficial da fundação da Loja “De Emulação”.
O Rito Brasileiro na Loja De Emulação
A Loja “De Emulação” passou a adotar o Rito Brasileiro a partir de 19/03/1992, através do ato n.º 2528 do Grão- Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, que concedeu autorização para mudança de Rito.
Hoje a Loja De Emulação reune-se as quintas-feiras, 20:00 horas, no Templo Anexo do Palacio do GOB-MS, Templinho, conta com 27 Irmão no quadro, sendo 13 Mestres Instalados, 12 Mestres Maçons e 3 Aprendizes, e o seu VM é o Ilustre Irmão Geraldo Menezes.











































O Rito Brasileiro
“Um Rito Maçônico, criado no ambiente de nossa Pátria, foi sempre uma aspiração do Maçom no Brasil. Essa aspiração evidenciou-se pela primeira vez, em 1878 EV, com a “Constituição da Maçonaria do Especial Rito Brasileiro”, em Pernambuco, tendo como seu fundador o Irmão José Firmo Xavier, que se condecorou com o imponente título de Grande Chefe Propagador “ad vitam” devendo ser, em caso de morte, substituído por um Grande Chefe Conservador. Entre os papéis deixados pelo Imperador Pedro II e reunidos em dois códices pela Biblioteca Nacional, encontram-se a sua Constituição e a “Caderneta Nominal dos Sócios” (Quadro de Obreiros), com 838 assinaturas de Irmãos maçons daquele Oriente àquela época e foi dedicado à proteção do Imperador e ao Papa”.
Embora várias outras tentativas fossem promovidas, o Rito Brasileiro só tomou impulso, realmente, com o Decreto nº 500, de 23 de dezembro de 1914, por iniciativa do General Lauro Sodré, então Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, consolidando-o como Rito Regular, Legal e Legítimo, o que veio dar-lhe caráter decisivo e imperecível.
Através do Decreto nº 536, foi apresentada à Assembléia Geral, em sessão de 16 de outubro de 1916, a Constituição do Rito, que foi apreciada com citações de louvor, sendo promulgada em 1916/1917, passando, assim, a ser reconhecido, consagrado e autorizado, em todo o território nacional.
O Decreto nº 554, de 13 de junho de 1917, adotou e incorporou ao Patrimônio da Legislação do Grande Oriente do Brasil a 1ª Constituição do Rito Brasileiro, contendo sua Declaração de Princípios, Estatutos, Regulamentos, Rituais e Institutos.
Muitos movimentos foram realizados em prol do Rito e várias tentativas de fundação de Lojas foram feitas em alguns Estados mas não sobreviveram, por inexistência de uma Oficina Chefe do Rito, e/ou por falta de rituais impressos.
Em 1921, tentaram implantar o Rito, editando Rituais nos três Graus Simbólicos, haja vista que quando da fundação esses rituais não foram editados pelo Grande Oriente do Brasil. Na realidade, esses Rituais eram cópias quase fiéis do Rito de York, uma vez que um ano antes haviam sido traduzidos do inglês para o português e impressos pelo Grande Oriente do Brasil. Com os rituais prontos, a Loja Campos Sales, do Oriente de São Paulo, recém-fundada, passa a trabalhar no Rito Brasileiro, tornando-se assim a primeira Loja a trabalhar no Rito Brasileiro, porém por pouco tempo. Outra tentativa deu-se no Oriente de São Paulo, em 1928, quando a Loja Ipiranga tentou trabalhar no Rito Brasileiro, também não obtendo sucesso. Através do Ato nº 1617, de 03 de agosto de 1940, é formada uma Comissão de sete membros para a reestruturação do Rito Brasileiro, que estava adormecido desde a década de 20, e através do Ato nº 1636, de 06 de fevereiro de 1941, é nomeada uma Comissão para a formação da Oficina Chefe do Rito, dela fazendo parte os Irmãos remanescentes da fundação do Rito em 1914, mais os Irmãos Álvaro Palmeira e Otaviano de Menezes Bastos, sendo, em 19 de abril de 1941, aprovada e publicada a Constituição do Rito Brasileiro, devidamente aprovada pelo Conselho Geral do Grande Oriente do Brasil.
A Oficina Chefe do Rito passou a chamar-se Soberano Supremo Conclave do Rito Brasileiro, sendo eleito para dirigir o Rito o Irmão Otaviano de Medeiros Bastos, que passou a ter o título de Soberano Grande Principal (hoje, Soberano Grande Primaz), e o Irmão Álvaro Palmeira, o título de Grande Propagador (hoje, Grande Regente). Porém, pela efemeridade das Lojas, o Rito entra em adormecimento.
A implantação definitiva e vitoriosa só ocorreu quando, através do Decreto nº 2.080, de 19 de março de 1968, o Irmão Álvaro Palmeira, então Grão-Mestre Geral, nomeou uma nova Comissão com amplos poderes de revisão e reestruturação do que fora feito até ali, a fim de pôr o Rito “rigorosamente acorde às exigências maçônicas da Regularidade internacional”, conferindo-lhe “âmbito universal, separando o simbolismo do filosofismo e constituindo-o em real veículo de renovação da Ordem, conciliando a Tradição com a Evolução”. O Soberano Supremo Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro foi reerguido em 25 de abril de 1968, com a aprovação da nova Constituição, e o Rito passou a ter nova denominação: Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos. Nesta mesma data é fundada a primeira Loja Simbólica do Rito Brasileiro nessa fase de reimplantação, a Loja Fraternidade e Civismo, no Oriente do Rio de Janeiro (à época, Guanabara), que passou a ser a Loja Primaz do Rito Brasileiro. Por este motivo, ficou consagrado o dia 25 de abril como o Dia Nacional do Rito Brasileiro.
No mesmo ano, são fundadas as Lojas Araribóia (Niterói-RJ, em 04 de maio) e Castro Alves (Salvador-BA, em 07 de maio); e a Loja Labor e Civismo (Cataguases-MG, em 24 de maio) muda do Rito Francês para o Rito Brasileiro, tornando-se a quarta Loja do Rito. No dia 1º de junho, o Boletim Oficial do Grande Oriente do Brasil publicou a aprovação, pelo Conselho Federal da Ordem, da Constituição do Rito Brasileiro. Em 10 de junho, é assinado o Tratado de Aliança Maçônica entre o Grande Oriente do Brasil e o Supremo Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro, ratificado pela Assembléia Federal Legislativa em 27 de julho de 1969. Em 24 de junho de 1968 o Irmão Álvaro Palmeira passa o Primeiro Malhete da Ordem ao seu sucessor e passa a dedicar-se exclusivamente ao Rito Brasileiro, que deixara totalmente constituído, com sua Oficina Chefe funcionando, e com quatro Lojas Simbólicas também funcionando.
A partir de sua reestruturação ocorrida em 1968, o Rito Brasileiro passou a se expandir pelo Território Nacional, formando Lojas Simbólicas e Oficinas Litúrgicas, constituindo, hoje, o segundo Rito mais praticado no Brasil, estando presente em quase todos os Estado da Federação, à exceção dos Estado do Amapá, Pará e Rio Grande do Norte, e marcando maior presença nos Estados da Bahia (44 Lojas), Rio de Janeiro (29 Lojas) e Minas Gerais (24 Lojas).
O crescimento e fortalecimento do Rito Brasileiro deve-se ao trabalho realizado pela sua Oficina Chefe, nas pessoas de seus Soberanos Grandes Primazes, como também o fora com o Soberano Irmão Álvaro Palmeira.
Fonte: http://www.ritobrasileiroms.org.br/historico2.php?id=2