MEGACOMPETÊNCIA
NA ADMINSTRAÇÃO DA LOJA
NA ADMINSTRAÇÃO DA LOJA
Osamu
Kato
Grão Mestre de
Honra - GOB/MS
O coração, o
grande condutor da vida humana, sempre esteve presente no pensamento dos homens
através dos tempos. As Lojas normalmente são constituídas de homens de cultura e
formação altamente variadas. Há os que entendem que o simples estudo dos Rituais
seja suficiente para a correta abordagem dos Símbolos e alegorias, pontos
básicos da estrutura de nossa Ordem. Para esses, o estudo aprofundado é romance,
perfumaria, como tal, completa e absolutamente desnecessário.
Não é demais
insistir que toda a estrutura sobre a qual se ergue a Arte Real é filosófica.
Sabe-se que em nossos
Rituais há muito da filosofia de Sócrates, Pitágoras, Platão,
Parmênides e Aristóteles. É certo que eles exercem uma grande influência na
estruturação filosófica do edifício maçônico, mas é certo que há outras
influências talvez bem maiores. Os filósofos do Renascimento e, sobretudo os do
Iluminismo, são os que nos trazem maior soma de ensinamentos.
Bem faz o
administrador que demonstra vivo interesse em reconhecer o valor de cada irmão,
fazendo deles seres livres, iguais, progressistas e pacíficos. Que por sua
religiosidade ensina que caminhando sob a égide de Deus, nossas fraquezas são
superadas. Que o homem não é apenas um assistido de DEUS, mas seu colaborador e
filho, no qual Deus depositou esperanças e compartilhou seus ideais. Inspirado
pela moral cristã, prega amor aos inimigos, a coragem da verdade, a
responsabilidade da existência, a hierarquia dos valores, o combate pela
liberdade, a vontade de paz entre os homens.
Do administrador
de uma Loja se exige mais que competência, é necessário uma
megacompetência. Ao assumir a direção da Loja, o administrador recebe a
tarefa de preservar a instituição iniciática (seus rituais, Ritos e
Landmarks), assim considerada um ambiente, uma mentalidade, uma hierarquia
de valores, de atitudes e de ética.
A fraternidade
maçônica é um conjunto de homens que se reúnem, discutem e estudam juntos. É de
se ver que em tudo, esses homens diferem uns dos outros. Uns são calmos, outros
agitados, uns de cultura universitária, outros não, uns afetos à leitura e ao
estudo, outros nem tanto. Essas diferenças exigem do administrador, um esforço
acima do normal, para que a convivência não se deteriore. A Arte Real, por sua
vez, ameniza tal tarefa, fornecendo os ensinamentos necessários para sua
desincumbência.
O Maçom, no seu
trabalho diuturno, deve ter na mira que não labuta só para si, mas para o grupo
ao qual pertence, que seu trabalho se consubstancia em melhorar, não só o seu
grupo, mas toda a humanidade. A Maçonaria, antes de tudo, significa trabalho e
trabalho em grupo. É a ação coletiva, o trabalho em comum, que faz que se
estabeleça entre os membros, um liame fraternal por excelência. Para que essa
união de trabalho se concretize, necessário é que haja participação, acima de
tudo. Esta é a grande e principal tarefa do Venerável Mestre.
A força que emana
das Colunas de uma Loja, tem o poder transformador do conhecimento que a
Maçonaria proporciona. É fundamental que todos os membros da Loja estejam
ombreados com o Venerável, trilhando os caminhos da virtude, da consciência dos
deveres maçônicos, levando para a sociedade em que insere, exemplos de
convivência construtiva, amor fraternal e senso de justiça. Assim agindo,
estaremos contribuindo para o desenvolvimento do homem em sua dimensão mais
pura, favorecendo em todos os sentidos, o fortalecimento das relações
sociais.