terça-feira, 24 de agosto de 2010

Grandes Mestres de Banquetes e aventais vermelhos

No dia 06 de julho de 2010 publiquei um texto sobre Os Grandes Mestres de Banquetes e Lojas de Aventais Carmesins: http://tresjanelas.blogspot.com/2010/07/os-grandes-mestres-de-banquetes-e-lojas.html.

Hoje solicito sua atenção para a estória do Respeitavel Irmão Rev. Canon Richard Tydeman, PJGW, OSM, de como os aventais vermelhos surgiram, publicada no site da Hampshire and Isle of Wight Provincial Grand Stewards Lodge's da Inglaterra.

Como o avental vermelho surgiu

Uma espécie de “estória da caroxinha” produzida pela ocasião da instalação do RW Bro O Hon. E L Baillieu, A.G.M. por RW Bro G L C Colenso-Jones, PJGW na Loja Grandes Stewards, em 18 de janeiro de 1978.
Quando o Templo de Jerusalém tinha sido concluído, o Rei Salomão ordenou que uma grande festa fosse realizada, de modo que os Irmãos em todas as classes de trabalhadores pudessem ter a oportunidade de alegrarem-se juntos na conclusão bem-sucedida de seus trabalhos.
Assim, um dia declarou a data para a festa, os preparativos começaram a serem feitos. Logo se tornou evidente que eles não poderiam sentarem-se juntos, pois o unico refeitório disponível era a Casa da Floresta do Líbano, que o Rei Salomão tinha construído entre o Templo e o Palácio e lá só acomodavam trezentas e trinta pessoas.
Como sabem, um grande número de Maçons foram empregados na construção, e assim as seguintes regras foram feitas: O Aprendizes foram contemplados com uma ração dupla de milho, vinho e azeite e foram orientados para se divertirem da melhor forma possível, os Companheiros foram convocados para a câmara, tendo recebido o salário em dobro, e disseram para que comprassem um bom jantar. Os menatchin ou prefeitos receberam um almoço substancioso em tendas erigidas no jardim do Palácio.
Isso levou apenas trezentos e trinta dos irmãos mais experientes sentarem-se no salão. Eles consistiam principalmente de Grandes Oficiais, juntamente com a Diretoria Provincial, representando cada província desde Berseba até Dan e um número de JGR’s (Grandes Oficiais de Jerusalém). Surgiu então a questão: quem iria servir o vinho no banquete? Normalmente, alguns dos irmãos aprendizes teriam sido contratados para este serviço, mas, nesta ocasião, todos estavam se divertindo em outros lugares, e assim, alguns dos 330 teriam que esperar pelos outros.
O Rei Salomão enviou, para esse fim, Adoniram que foi sem dúvida como vocês bem sabem o grande homem de trabalho ímpar na maçonaria em Jerusalém. O Rei encarregou Adoniram de selecionar duas dúzias entre os 330 e torná-los Grandes Stewards(Mestres de Banquetes), ao mesmo tempo, informando-lhe que, embora o cargo de Grande Stewards fosse o mais jovem da GL, ainda nos dias vindouros, seria um honroso cargo procurado pelos mais elevados da terra.
Adoniram não quis acreditar, mas aceitou a tarefa, e perguntou como reconhecer um Grande Stewards (Mestre de Banquetes), pois, como ressaltou, quando um copo está vazio, é importante ser capaz de identificar o homem que irá preenchê-lo. E, claro, neste tempo todos ainda estavam vestindo aventais brancos para manter o manto da inocência.
O Rei Salomão decretou que um Grande Stewards deve ser reconhecido por uma jóia junto a um colar branco, e ele convocou um artista hábil para projetá-la um certo Irmão Garth (conhecido como Garth enchada, porque ele juntava muitas coisas). Infelizmente, a jóia projetada pelo Irmão Garth consistia de uma combinação das jóias usadas pelos principais oficiais e isso levou a grandes dificuldades.
O banquete só tinha começado antes de se tornar evidente que este sistema não iria funcionar. De fato, um passado Grande Vigilante, em seu caminho até a porta, a fim de restaurar seu conforto pessoal após servir peixe, foi abordado por um Irmão bastante novo em uma das mesas mais baixas, que exigiu dele uma garrafa cheia de vinho, ao mesmo tempo, perguntando o que era para fazer com a vazia. Para seu crédito, seja dito, o passado Grande Vigilante, não ignorou o Irmão novato, mas virou e disse a ele exatamente o que ele poderia fazer com sua garrafa vazia: conselho, que se tivesse sido tomado à letra, teria sido extremamente desconfortável, mesmo que fosse fisicamente possível.
Alguns dos mais eminentes dos irmãos, em seguida, foram ao Rei Salomão para informa-lo da total confusão que havia sido formada. O rei levantou-se, e Adoniram observando à distância - (e notem que, mesmo nesta fase inicial, Adoniram já havia estabelecido a qualidade que tem sido encontrada nos Stewards(Mestres de Banquetes) desde então: a capacidade de sempre manter-se "a uma distância ') - o Rei, observando-o, acenou-lhe, da maneira habitual.
Adoniram estava tão perturbado que ele questionou se ele deveria se ajoelhar. Depois, pensando melhor, ele decidiu que ele deveria saudar o rei, com um sinal. Infelizmente, naquele momento particular, ele estava com uma garrafa de vinho tinto em cada uma das mãos. As consequências foram inevitáveis: o vidro (ou argila) quebrou em fragmentos, enquanto o vinho, como o óleo de Arão, escorreu de sua cabeça para a barba, e até mesmo para as saias de suas roupas.
Houve um momento de silêncio mortal, e, em seguida, um dos Irmãos exclamou: "Veja, Adoniram tem um avental vermelho!" enquanto outros, mais animados, exclamaram: "Eis como ele combina com seu rosto!" (Alguns obstinados historiadores afirmam que as palavras usadas aqui foram realmente "Eis, como combina com seu nariz", mas é bondoso pensar que a versão autorizada, deve ser preferida neste momento.)
O Rei, sempre atento ao conforto de todos os seus Oficiais, logo colocou Adoniram à vontade, ele convocou uma reunião imediata com todos os Grandes Stewards que foram orientados a formar uma coluna no norte e virada para esquerda. A cada um deles foi, em seguida, entregue duas garrafas de vinho tinto e, tomando a seu devido tempo a partir do GDC, saudou o rei, com onze saudações.
Assim foram os primeiros Grandes Stewards paramentados com aventais vermelhos. Durante vários anos, o costume continuou, e na reunião anual da Grande Loja, depois de todos os outros Oficiais serem investidos, os Grandes Stewards do ano ficam alinhados, as garrafas entregues e instruídos a saudação. E então veio um ano quando a inflação fez subir o custo de vinho a uma altura sem precedentes. (Acho que tinha havido uma má colheita de uvas e pavões em Ophir, ou algo assim.)
Foi nesse momento oportuno que veio antes do Rei três irmãos zelosos e peritos pelos nomes de Toye, Kenning e Spencer, que fizeram uma confissão que tinham na sua posse uma grande quantidade de fita vermelha, que estavam ansiosos para colocar à disposição do rei. (Na verdade, elas tinham sido usadas para decorar caixas de chocolate de uma festa RMBI, e foram re-utilizadas.)
A partir desse momento, portanto, fitas vermelhas foram substituídas pelo paramento genuíno e original. Talvez fosse agora o tempo, em que deveríamos reverter para o antigo costume - especialmente agora que o custo da fita excede em muito o preço de duas garrafas de vinho. (Embora, se isso fosse implementado, eu tenho medo que os pedidos para a Grande investidura teria uma demanda ainda maior do que é hoje!)
Desde então os Grandes Stewards podem continuar a usufruir dos seus privilégios e costumes tradicionais – e o lema orgulhoso composto especialmente para eles pelo Rei Salomão:
"Aspectu meo quam mappa rubro, quia fortiter labore"
que, traduzido é:
"Se o meu rosto fica vermelho como o meu avental, é porque eu estou trabalhando tão duro"
Escrito e Apresentado pelo:
Respeitavel Irmão Rev. Canon Richard Tydeman P.J.G.W. O.S.M.
(Passado Palestrante Prestoniano)