O Grande Conselho de Mestres Real e Seleto da Inglaterra e País de Gales e seus Distritos e Conselhos Alem Mar é mais conhecido entre os maçons ingleses como Rito Críptico. Este Grande Conselho controla quatro graus que são conferidos em ordem cronológica: Mestre Seleto, Mestre Real, Mui Excelente Mestre e Super Excelente Mestre.
Há muitos Maçons que não se aventuraram além do simbolismo, Arco Real, ou mesmo o Grau da Marca. Pois entrando para os Graus Crípticos isso irá significar ainda mais uma noite, outra contribuição monetária, uma nova hierarquia maçônica e ainda mais quatro graus para aprender. Pode-se entender o motivo por que eles adiam essas adesões. De fato, como é necessário ser tanto Mestre Maçom da Marca como Maçom do Arco Real para ser elegível como candidato muitos nunca se qualificam. No entanto, nenhum desses fatores deve deter o Maçom em sua busca particular de uma maior compreensão da Maçonaria Salomônica, da Palavra perdida que, em seguida, foi substituída, como é bem conhecida na história tradicional do Grau de Mestre Maçom. Além disso, certamente há um grande número de eventos e lendas maçônicas omitidas entre o Simbolismo e o Arco Real. É esta grande lacuna, e uma razão pela qual o Rito Críptico deve ser visto como essencial para uma maior compreensão da jornada maçônica em busca da palavra perdida. Para avaliar isso, é necessário certa compreensão tanto das tradições do Antigo Testamento como também da posição do Templo na Maçonaria Simbólica.
O Antigo Testamento, Tradição e Lenda da Críptica
Embora a arqueologia moderna exigir revisões fundamentais na história do Oriente Médio e ter desembaraçado eventos históricos e um pouco das histórias bíblicas, o ritual maçônico é baseado na lenda tradicional do Antigo Testamento. Uma lenda onde o evento-chave é a construção do Templo de Salomão. Ele foi construído seguindo um modelo padrão, onde é hoje a Palestina e a Síria, sendo em forma retangular e voltado para o oriente com duas grandes colunas livres na frente dele. O edifício em si consistia em um vestíbulo, salão principal do santuário e, na parte de trás, o Santo dos Santos, um cubo pequeno, sem janelas, a habitação a Arca da Aliança. Naquele lugar se acreditava que o todo-poderoso YHWH permanecia sob as asas de dois grandes querubins. Adjacentes ao templo, segundo nos dizem, foram construídos outros edifícios no grande complexo de Salomão, incluindo o palácio, a sala de julgamento e do Tesouro.
O Antigo Testamento não faz menção a uma abóboda secreta ou cripta, nem passagens subterrâneas ligando o Templo ao palácio real, nem há referência a estes nos graus simbólicos. No entanto, em algumas tradições, como é ensinado nos Graus Crípticos e certamente no Arco Real (além de certos graus no Rito Antigo e Aceito, e um nos Graus Maçônicos Associados), esta abóboda secreta é fundamental para a sobrevivência da Palavra na Maçonaria Simbólica. Foi esta, de acordo com o Terceiro Grau, que foi perdida quando, pouco antes da realização do primeiro Templo, Hiram, o Arquiteto, um dos três Grão-Mestres, foi morto.
Após a morte de Salomão, diz-se, seu reino foi dividido em dois: Israel e Judá. O primeiro, do norte, foi invadido durante o século VIII AC e se tornou parte primeiro dos assírios e depois dos impérios da Babilônia. Sob o grande rei da Babilônia, Nabucodonosor (605/4-562), Judá também foi invadida e em 586 Jerusalém caiu e as pessoas foram levadas para o exílio vulgarmente conhecido como cativeiro da Babilônia. O Principal Forasteiro no Arco Real lembra o Grande Sinédrio que era devido aos pecados da casa real e do povo, é que foram conduzidos com o rei Joaquim, em um exílio por setenta anos.
No entanto, antes desse evento, seu pai, um vassalo de Nabucodonosor, se rebelou. Ele morreu no mesmo mês que uma força foi despachada para esmagar a rebelião e o seu filho, de dezoito anos de idade, Joaquim, foi colocado no trono. Dentro de três meses a cidade se rendeu e Joaquim e sua família foram levados para a Babilônia. Seu tio, Zedequias, foi instalado como governante fantoche. Zedequias foi incapaz de controlar seus nobres e prevenir novas insubordinações, levando mais uma vez a entrarem em luta contra Babilônia, culminando em seu final horrível e um mês depois a destruição de Jerusalém (586) pelo comandante da guarda de Nabucodonosor. Isto foi seguido por um período muito curto com Gedalias, ex-ministro chefe de Zedequias, instalado como sátrapa sobre o que restou da devastada Judá, até então ser assassinado por um membro da casa real. É neste ponto que o Grau de Super Excelente Mestre é estabelecido para comemorar aqueles que permaneceram fiéis quando foram atacados por todos os lados sem esperança de vitória.
O Império Babilônico foi pouco depois invadido pelos Persas, sob Ciro, o Grande (550-530), com a Babilônia tomada em 539. No Arco Real estamos familiarizados com o Decreto de Restauração de Ciro em 538. Isso levou, posteriormente, no reinado de Dario I (522-486) a reconstrução do Templo (520-515) sob Zorobabel, o governador judeu de Judá. Estamos todos familiarizados com a recuperação da Palavra, durante a construção do Segundo Templo, no Arco Real.
Dentro da Abóboda Secreta
No primeiro dos graus Crípticos o candidato é "escolhido como um Mestre Seleto". Ele é um dos vinte e sete, com conhecimento da abóboda secreta, construída em completo sigilo sob as ordens dos três Grão-Mestres antes da conclusão do Primeiro Templo. Isto aconteceu para preservar os seus segredos e tesouros para o dia quando, de acordo com os profetas, os seus inimigos destruíssem Jerusalém, porque os filhos de Israel tinham abandonado o caminho da verdade. De muitas maneiras, essa medida pode ser considerada a perfeição da Maçonaria Simbólica, sendo ao candidato, especialmente, confiados conhecimentos esotéricos, bem como vigorosamente lembrado da necessidade de vigilância e sigilo.
No entanto, o grau seguinte, no qual o candidato será "honrado como um Mestre Real" é por muitos considerado como contendo uma das peças mais belas e profundas do ritual maçônico. O candidato representa Adoniram ambicioso para receber conhecimento e promoção, que questionando bruscamente Hiram Abif, pouco antes do assassinato do terceiro grau, recebe sábio e humilde conselho sobre o destino inevitável do homem. Como primeiro o candidato, e muito mais tarde, um dos principais oficiais do Conselho, que na qualidade de representante de Hiram instrui o candidato, faz isto ser uma poderosa experiência de iniciação. Isso por si só torna o Rito Críptico como um complemento importante para a compreensão maçônica, mas o Grau de Mestre Real continua também com a lenda da abóboda secreta e os meios pelos quais a palavra foi preservada, apesar da iminente morte de Hiram. O subseqüente saqueamento do Templo é simbolizado nos últimos graus Crípticos.
A Arca e o Triângulo
A Arca da Aliança, que é o mais importante dos Tesouros dos Filhos de Israel como símbolo da sua ligação com YHWH desde os dias de Moisés, parece surpreendentemente esquecida nos muitos graus da maçonaria por causa da sua preocupação em construir o Templo para abrigá-la! No entanto, no terceiro grau do Rito, o Mui Excelente Mestre, é bastante claro que a colocação cerimonial da Arca, a sede terrena de YHWH, no Santo dos Santos na dedicação do templo, foi à culminação da obra de Salomão. Como a construção do templo deve ser vista como uma alegoria para a jornada espiritual dos homens, a colocação de Deus no seu centro é de extrema importância para um Maçom "recebido e reconhecido como um Mui Excelente Mestre". Além disso, mais de quatro séculos depois, no grau de Super Excelente Mestre, aqueles que permaneceram fiéis a seu Deus, simbolicamente guardaram a Arca da Aliança, sob o comando de Gedalias na hora exata da destruição do Primeiro Templo. É justo então que a jóia e o avental da Ordem sejam, ambos, de forma triangular, emblema da Divindade, na sua forma trina da onisciência, onipresença e onipotência. A instrução não é apenas para a importância da fé, mas também para o triplo dever devido a Deus, ao próximo e para si mesmo, não menos importante que a época do julgamento final. Desconhecida para os Maçons fiéis foi por muito tempo transmitida como lenda até ser esquecida, e muito abaixo de seus pés permaneceu a abóboda secreta e a palavra perdida. Isto era para permanecer lá durante o seu longo sofrimento e, finalmente ser redescoberto pelo Forasteiro no Arco Real.
O que estava perdido
Todos nós estamos de alguma forma em busca da grande Luz Maçônica. Isto é ilustrado na maçonaria simbólica, "salomônica", como a busca da palavra perdida no Terceiro Grau e que é encontrada no Arco Real. Sem a Ordem dos Mestres Real e Seleto, fazer essa busca é ainda mais difícil. Suas tradições deixam claro que um grande cuidado foi tomado para preservar em segredo contra o desastre, a Palavra e o tesouro mais importante do Templo, que é simbolizado pela Arca da Aliança. Os Graus Crípticos nos ajudam a compreender os passos que, até o Arco Real, tinha, mas que desapareceram na lenda. Eles nos ajudam em nossa jornada.
Por Matthew Christmas, que é o atual Três Vezes Ilustre Mestre do Conselho Terra Sancta No. 151 do Distrito Críptico de Oxfordshire, Berkshire e Buckinghamshire.
Freemasonry today – Abril/2002 – Edição nº 20
Há muitos Maçons que não se aventuraram além do simbolismo, Arco Real, ou mesmo o Grau da Marca. Pois entrando para os Graus Crípticos isso irá significar ainda mais uma noite, outra contribuição monetária, uma nova hierarquia maçônica e ainda mais quatro graus para aprender. Pode-se entender o motivo por que eles adiam essas adesões. De fato, como é necessário ser tanto Mestre Maçom da Marca como Maçom do Arco Real para ser elegível como candidato muitos nunca se qualificam. No entanto, nenhum desses fatores deve deter o Maçom em sua busca particular de uma maior compreensão da Maçonaria Salomônica, da Palavra perdida que, em seguida, foi substituída, como é bem conhecida na história tradicional do Grau de Mestre Maçom. Além disso, certamente há um grande número de eventos e lendas maçônicas omitidas entre o Simbolismo e o Arco Real. É esta grande lacuna, e uma razão pela qual o Rito Críptico deve ser visto como essencial para uma maior compreensão da jornada maçônica em busca da palavra perdida. Para avaliar isso, é necessário certa compreensão tanto das tradições do Antigo Testamento como também da posição do Templo na Maçonaria Simbólica.
O Antigo Testamento, Tradição e Lenda da Críptica
Embora a arqueologia moderna exigir revisões fundamentais na história do Oriente Médio e ter desembaraçado eventos históricos e um pouco das histórias bíblicas, o ritual maçônico é baseado na lenda tradicional do Antigo Testamento. Uma lenda onde o evento-chave é a construção do Templo de Salomão. Ele foi construído seguindo um modelo padrão, onde é hoje a Palestina e a Síria, sendo em forma retangular e voltado para o oriente com duas grandes colunas livres na frente dele. O edifício em si consistia em um vestíbulo, salão principal do santuário e, na parte de trás, o Santo dos Santos, um cubo pequeno, sem janelas, a habitação a Arca da Aliança. Naquele lugar se acreditava que o todo-poderoso YHWH permanecia sob as asas de dois grandes querubins. Adjacentes ao templo, segundo nos dizem, foram construídos outros edifícios no grande complexo de Salomão, incluindo o palácio, a sala de julgamento e do Tesouro.
O Antigo Testamento não faz menção a uma abóboda secreta ou cripta, nem passagens subterrâneas ligando o Templo ao palácio real, nem há referência a estes nos graus simbólicos. No entanto, em algumas tradições, como é ensinado nos Graus Crípticos e certamente no Arco Real (além de certos graus no Rito Antigo e Aceito, e um nos Graus Maçônicos Associados), esta abóboda secreta é fundamental para a sobrevivência da Palavra na Maçonaria Simbólica. Foi esta, de acordo com o Terceiro Grau, que foi perdida quando, pouco antes da realização do primeiro Templo, Hiram, o Arquiteto, um dos três Grão-Mestres, foi morto.
Após a morte de Salomão, diz-se, seu reino foi dividido em dois: Israel e Judá. O primeiro, do norte, foi invadido durante o século VIII AC e se tornou parte primeiro dos assírios e depois dos impérios da Babilônia. Sob o grande rei da Babilônia, Nabucodonosor (605/4-562), Judá também foi invadida e em 586 Jerusalém caiu e as pessoas foram levadas para o exílio vulgarmente conhecido como cativeiro da Babilônia. O Principal Forasteiro no Arco Real lembra o Grande Sinédrio que era devido aos pecados da casa real e do povo, é que foram conduzidos com o rei Joaquim, em um exílio por setenta anos.
No entanto, antes desse evento, seu pai, um vassalo de Nabucodonosor, se rebelou. Ele morreu no mesmo mês que uma força foi despachada para esmagar a rebelião e o seu filho, de dezoito anos de idade, Joaquim, foi colocado no trono. Dentro de três meses a cidade se rendeu e Joaquim e sua família foram levados para a Babilônia. Seu tio, Zedequias, foi instalado como governante fantoche. Zedequias foi incapaz de controlar seus nobres e prevenir novas insubordinações, levando mais uma vez a entrarem em luta contra Babilônia, culminando em seu final horrível e um mês depois a destruição de Jerusalém (586) pelo comandante da guarda de Nabucodonosor. Isto foi seguido por um período muito curto com Gedalias, ex-ministro chefe de Zedequias, instalado como sátrapa sobre o que restou da devastada Judá, até então ser assassinado por um membro da casa real. É neste ponto que o Grau de Super Excelente Mestre é estabelecido para comemorar aqueles que permaneceram fiéis quando foram atacados por todos os lados sem esperança de vitória.
O Império Babilônico foi pouco depois invadido pelos Persas, sob Ciro, o Grande (550-530), com a Babilônia tomada em 539. No Arco Real estamos familiarizados com o Decreto de Restauração de Ciro em 538. Isso levou, posteriormente, no reinado de Dario I (522-486) a reconstrução do Templo (520-515) sob Zorobabel, o governador judeu de Judá. Estamos todos familiarizados com a recuperação da Palavra, durante a construção do Segundo Templo, no Arco Real.
Dentro da Abóboda Secreta
No primeiro dos graus Crípticos o candidato é "escolhido como um Mestre Seleto". Ele é um dos vinte e sete, com conhecimento da abóboda secreta, construída em completo sigilo sob as ordens dos três Grão-Mestres antes da conclusão do Primeiro Templo. Isto aconteceu para preservar os seus segredos e tesouros para o dia quando, de acordo com os profetas, os seus inimigos destruíssem Jerusalém, porque os filhos de Israel tinham abandonado o caminho da verdade. De muitas maneiras, essa medida pode ser considerada a perfeição da Maçonaria Simbólica, sendo ao candidato, especialmente, confiados conhecimentos esotéricos, bem como vigorosamente lembrado da necessidade de vigilância e sigilo.
No entanto, o grau seguinte, no qual o candidato será "honrado como um Mestre Real" é por muitos considerado como contendo uma das peças mais belas e profundas do ritual maçônico. O candidato representa Adoniram ambicioso para receber conhecimento e promoção, que questionando bruscamente Hiram Abif, pouco antes do assassinato do terceiro grau, recebe sábio e humilde conselho sobre o destino inevitável do homem. Como primeiro o candidato, e muito mais tarde, um dos principais oficiais do Conselho, que na qualidade de representante de Hiram instrui o candidato, faz isto ser uma poderosa experiência de iniciação. Isso por si só torna o Rito Críptico como um complemento importante para a compreensão maçônica, mas o Grau de Mestre Real continua também com a lenda da abóboda secreta e os meios pelos quais a palavra foi preservada, apesar da iminente morte de Hiram. O subseqüente saqueamento do Templo é simbolizado nos últimos graus Crípticos.
A Arca e o Triângulo
A Arca da Aliança, que é o mais importante dos Tesouros dos Filhos de Israel como símbolo da sua ligação com YHWH desde os dias de Moisés, parece surpreendentemente esquecida nos muitos graus da maçonaria por causa da sua preocupação em construir o Templo para abrigá-la! No entanto, no terceiro grau do Rito, o Mui Excelente Mestre, é bastante claro que a colocação cerimonial da Arca, a sede terrena de YHWH, no Santo dos Santos na dedicação do templo, foi à culminação da obra de Salomão. Como a construção do templo deve ser vista como uma alegoria para a jornada espiritual dos homens, a colocação de Deus no seu centro é de extrema importância para um Maçom "recebido e reconhecido como um Mui Excelente Mestre". Além disso, mais de quatro séculos depois, no grau de Super Excelente Mestre, aqueles que permaneceram fiéis a seu Deus, simbolicamente guardaram a Arca da Aliança, sob o comando de Gedalias na hora exata da destruição do Primeiro Templo. É justo então que a jóia e o avental da Ordem sejam, ambos, de forma triangular, emblema da Divindade, na sua forma trina da onisciência, onipresença e onipotência. A instrução não é apenas para a importância da fé, mas também para o triplo dever devido a Deus, ao próximo e para si mesmo, não menos importante que a época do julgamento final. Desconhecida para os Maçons fiéis foi por muito tempo transmitida como lenda até ser esquecida, e muito abaixo de seus pés permaneceu a abóboda secreta e a palavra perdida. Isto era para permanecer lá durante o seu longo sofrimento e, finalmente ser redescoberto pelo Forasteiro no Arco Real.
O que estava perdido
Todos nós estamos de alguma forma em busca da grande Luz Maçônica. Isto é ilustrado na maçonaria simbólica, "salomônica", como a busca da palavra perdida no Terceiro Grau e que é encontrada no Arco Real. Sem a Ordem dos Mestres Real e Seleto, fazer essa busca é ainda mais difícil. Suas tradições deixam claro que um grande cuidado foi tomado para preservar em segredo contra o desastre, a Palavra e o tesouro mais importante do Templo, que é simbolizado pela Arca da Aliança. Os Graus Crípticos nos ajudam a compreender os passos que, até o Arco Real, tinha, mas que desapareceram na lenda. Eles nos ajudam em nossa jornada.
Por Matthew Christmas, que é o atual Três Vezes Ilustre Mestre do Conselho Terra Sancta No. 151 do Distrito Críptico de Oxfordshire, Berkshire e Buckinghamshire.
Freemasonry today – Abril/2002 – Edição nº 20
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