Loja Maçônica Universitária
Lojas Maçônicas
Universitárias não são novidade. Há muito elas existem em países como
Inglaterra, Irlanda, Estados Unidos, Canadá e Austrália. A primeira Loja
Universitária devidamente constituída surgiu em 1730, na Inglaterra, a University Lodge nº 74, em Londres, dela
tendo participado Jean Théophile Desaguliers, considerado o Pai da Maçonaria
Especulativa Moderna. A segunda Loja Universitária de que se tem notícia é a Westminster and Keystone Lodge, fundada
em 1722, e que se tornou universitária em 1855.
Nos Estados
Unidos existem, entre outras, as Lojas Harvard
e Boston University, sendo que muitas
lojas ligadas a universidades funcionam no próprio campus, embora outras sejam independentes. Enquanto algumas só
admitem alunos ou ex-alunos de uma determinada universidade, outras que são
abertas, admitindo estudantes e não estudantes, além de professores. Não raro,
algumas dessas Oficinas têm apenas seis sessões ordinárias ao longo do ano.
No Brasil a
denominação de “Loja Universitária” existe desde 1975, com o surgimento da Loja
Universitária nº 1928, de Bragança Paulista (SP), federada ao Grande Oriente do
Brasil. Segundo dados da Grande Secretaria Geral da Guarda dos Selos do GOB, em
2007 havia 73 Oficinas Acadêmicas ou Universitárias federadas, sendo 41 do
REAA, 14 do Rito Moderno, 9 do Rito Brasileiro, 8 do Rito Adonhiramita e uma
Inglesa, todas ligadas à área acadêmica.
Convém
esclarecer que, a rigor, não existe Maçonaria Universitária, mas Lojas
Maçônicas chamadas de Acadêmicas e Universitárias. As leis que as regem são as
mesmas que regem qualquer outra Loja Maçônica federada ao Grande Oriente do
Brasil. Sua única diferença é que privilegiam a Iniciação de universitários, de
professores e demais candidatos ligados à área acadêmica. Reúnem-se em
condições de hora, local e frequência que buscam conciliar as atividades da
Ordem com as do estudante. Assim, Irmãos podem ser chamados para a fundação de
uma Oficina desse tipo, independentemente de serem ou não ligados à área
acadêmica.
A Causa
Universitária da Maçonaria ganhou impulso com a promulgação da Nova
Constituição do Grande Oriente do Brasil (2007), sendo contemplada com isenção
de taxas devidas às Obediências para os estudantes de curso superior de
graduação com, no mínimo, dezoito anos de idade e, no máximo, vinte e cinco
anos, ou até a conclusão do curso superior, que comprovadamente não dispuserem
de recursos próprios para sua subsistência (art. 28, § 2º, “b”, da Constituição
de 2007). Uma medida justa, até porque um jovem estudante que se encontra fora
do processo produtivo, à procura do conhecimento e da verdade, em tempo
integral, não tem rendimentos, em se tratando de metais.
Se em
outros países a Maçonaria atravessa um esvaziamento de suas Oficinas, do ponto
de vista quantitativo, no Brasil as Oficinas Universitárias são importante
fator na promoção de sua RENOVAÇÃO QUALITATIVA.
O futuro da
Maçonaria, em geral, e da “Maçonaria Universitária”, em particular, está em
conseguir chegar até a juventude e oferecer a ela uma doutrina calcada em
ideais progressistas, solidários e espirituais, construindo o futuro com base
nos alicerces de nossa Tradição – o que de melhor a Humanidade já conquistou –
e expondo um Ideal Maçônico contemporâneo, de acordo com a realidade atual e
futura do Povo Brasileiro.
GOB - MS
(*): O presente texto é adaptação
do original “A Maçonaria Universitária”, de autoria do Poderoso Irmão Lucas
Francisco Galdeano, Grão Mestre Adjunto do Grande Oriente do Distrito Federal
(2007-2011) e ex-Venerável Mestre da Loja “Universitária Verdade e Evolução”,
nº 3.492. (Disponível em http://www.freemasons-freemasonry.com/galdeano_maconaria_universitaria.html
, acesso em 10/04/2013).
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