Aconteceu
neste ultimo sábado, dia 22 de fevereiro de 2014, a instalação do novo
Venerável Mestre do Saint Paul’s Council, 254, ligado ao Grande Conselho da
Ordem dos Graus Maçônicos Aliados da Inglaterra.
O
Eminente Irmão Mario Sergio Nunes da Costa, Grão Mestre do GOB-SP, Venerável
Mestre 2013/2014 fez a instalação do V. Irmão Malcon Leo Curtis para o período
2014/2015. A Ordem chegou ao Brasil em 2012 num trabalho conjunto dos Irmãos do
Distrito Inglês e do GOB, que estiveram em Londres para a fundação do Conselho
São Paulo, 254 e tem crescido bastante.
Participaram
Irmãos de várias partes do Brasil, de Mato Grosso do Sul, o Poderoso Irmão Luiz
Adive Palmeira, Grão Mestre Adjunto do GOB-MS, que é um Venerável Passado da
Ordem se fez presente.
Reproduzimos
abaixo um trabalho do V. Irmão Plinio Virgilio Gens, membro e grande conhecedor
da maçonaria inglesa.
GRAUS MAÇÔNICOS
ALIADOS
HISTÓRICO
Para dar certa coesão a esses
“filhos órfãos” e assegurar trabalhos com rituais padronizados, ao final dos
anos 1870 ficou decidido estabelecer um “Grande Conselho dos Graus Maçônicos
Aliados da Inglaterra, País de Gales e das Colônias e Dependências da Coroa
Britânica”, com sede em Mark Masons’ Hall. A partir de 2001 passou a ser “O
Grande Conselho da Ordem dos Graus Maçônicos Aliados da Inglaterra, País de
Gales e Distritos e Conselhos Ultramarinos”.
Nos Estados Unidos da América do Norte houve
em 1892 um objetivo similar de reunir um número de graus até então sob nenhum
controle naquele país, entre os quais estavam o grau de Grandes Guardiões de
Salomão e o de Monitor Secreto.
Na Inglaterra, mediante um acordo
com o Soberano Colégio, em 1893 o grau de Grandes Guardiões de Salomão passou a
ser conferido aos Grão-Mestres e outros membros proeminentes do Grande
Conselho, sendo adicionado aos primeiros quatro graus autorizados e praticados até
então. Em virtude de regulamentação do
Grande Conselho, os Conselhos subordinados estão atualmente habilitados a
trabalhar apenas com os seguintes cinco graus, salvo autorização especial do
Grande Conselho:
São
Lourenço o Mártir
Cavaleiro
de Constantinopla
Grandes
Guardiões de Salomão
Cruz
Vermelha da Babilônia
Grande
Sumo Sacerdote
O trabalho administrativo de um
Conselho da Ordem é procedido no Grau de São Lourenço o Mártir. O Mestre de um
Conselho é eleito como tal numa Loja de São Lourenço o Mártir. A única
cerimônia de instalação atualmente praticada na Ordem é a de Mestre de uma Loja
de São Lourenço o Mártir, o qual se torna constitucionalmente o Mestre do
Conselho, nomeando os Oficiais não eletivos da Loja de São Lourenço o Mártir. Toda
reunião do Conselho deve ser aberta pela Loja de São Lourenço o Mártir. As
Lojas ou Conselhos de qualquer outro dos quatro graus são abertas somente
quando houver uma cerimônia de admissão para o grau.
Os candidatos para admissão na Ordem dos
Graus Maçônicos Aliados deverão ser Mestres Maçons da Marca e Companheiros
do Sagrado Arco Real. Um candidato deve ser admitido primeiramente no Grau
de São Lourenço o Mártir. Os outros quatro graus podem ser conferidos
subsequentemente em qualquer sequência.
Muito embora antigamente houvesse a
determinação de usar paramentos vistosos e complicados para cada um dos cinco
graus, os membros da Ordem que não sejam Oficiais devem agora usar apenas as
joias dos diferentes graus em que tenham sido admitidos.
A vinda da Ordem dos Graus Maçônicos
Aliados ao Brasil é um projeto conjunto entre o Grande Oriente do Brasil e a
Maçonaria Inglesa no Brasil com o objetivo de trazer para o nosso país as
diversas Ordens e Graus Maçônicos existentes na Inglaterra e no mundo e que,
com certeza, contribuirão para enriquecer o cenário maçônico brasileiro.
OS
GRAUS
GRAU
DE SÃO LOURENÇO O MÁRTIR
O Grau de São Lourenço o Mártir foi
estabelecido em recordação ao martírio do santo em Roma, em meados do terceiro
século. Há registros de que o grau tenha sido praticado em sua forma atual pelo
espaço de dois séculos em Lancashire e Yorkshire. Tem havido afirmações de que
se tratava de parte de um antigo ritual Operativo, destinado a distinguir um
artífice genuíno dos novos Especulativos que começaram a participar das Lojas.
O
grau ensina muito especialmente as lições de constância e humildade.
O arranjo de uma Loja de São
Lourenço o Mártir é igual ao de uma loja simbólica, sem as velas e nem as
colunas dos Vigilantes. Os Oficiais da loja são os mesmos de uma loja
simbólica. O Diretor de Cerimônias, o Assistente de Diretor de Cerimônias e os
Diáconos carregam varas dos cargos.
Neste grau, o candidato é referido
com tendo sido “Introduzido, Recebido e Admitido como Irmão de São Lourenço”.
Os paramentos tradicionais usados neste grau consistem de: Joia do peito: uma grelha com sete barras verticais prateadas,
suspensa de uma fita, na cor laranja no centro e bordejada de cada lado na cor
azul real. Para os Veneráveis Passados (Past Masters) a grelha é envolvida por
um círculo.
GRAU
DE CAVALEIRO DE CONSTANTINOPLA
Este é um grau que poderemos chamar
de “grau colateral”, “side degree” em inglês, no sentido de que, há muitos
anos, era costume um irmão conferir este grau a outro. Ao final de uma reunião
de loja simbólica, um irmão chamava outro de lado, lhe solicitava um juramento
simples e lhe conferia os segredos do grau.
A origem do grau é desconhecida, mas
pela forte influência dos Operativos que transparece no seu ritual, pode-se
conjeturar que tenha surgido durante a transição da Maçonaria Operativa para a
Especulativa. Sabe-se que o grau era trabalhado nos Estados Unidos da América
do Norte em 1831 e pode ter sido levado para lá por uma loja militar.
O grau ensina as lições úteis de
humildade e igualdade universal.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_OARq6mgW3EVCM9yLhR0QtHOaOuLqYgmk3VpaiHJnB52DxQsL3YbTvW09JHZBdMXQLwaLnI1S0mQSNDEuKLMw0CEfl8KWcnu_DnFKTGpxRnorxlrVMLnLDRhIsQ4XqjTv3I_wyiiZCSii/s1600/KnightofConstantinopleJewel.bmp)
Os
títulos de alguns dos Oficiais são os seguintes:
Ilustre Potentado
Chefe dos Construtores (Eusébio) Primeiro Vigilante
Chefe dos Artesãos (Antêmio) Segundo Vigilante
O
Ilustre Potentado poderá usar um manto de cor vermelha e uma coroa, e carregar
um cetro. Podem ser usados os mantos do Arco Real. Os Oficiais não usam colares
e nem carregam varas.
Neste grau, diz-se que o Candidato
foi “admitido”.
O
paramento tradicional usado neste grau consiste de uma joia na forma de uma
cruz de malta, ornada com um crescente, ambos dourados, suspensa de uma fita
verde na qual aparecem três punhais dourados apontando para baixo.
O
GRAU DE GRANDES GUARDIÕES DE SALOMÃO
Este Grau relata uma lenda similar à
do Grau Críptico do Mestre Seleto, porém com interessantes variações,
principalmente no que diz respeito ao período dos
eventos. Também tem muito em comum com o Grau de Mestre Secretário
Íntimo (6º do Rito Antigo e Aceito). O Grau tem sido praticado nos Estados
Unidos da América do Norte desde 1761 e na Inglaterra existem vestígios de que
já estava sendo praticado antes de 1893, ano em que o Grau foi conferido ao
Grão Mestre e outros membros proeminentes do Grande Conselho. A partir de então
o Grau foi adicionado aos outros quatro graus originais que estavam sendo
praticados sob a égide do Grande Conselho.
O Grau previne sobre os grandes
perigos da negligência e do julgamento precipitado e ensina a importância da
atenta vigilância.
A Loja representa uma cripta
abobadada nas entranhas da terra, debaixo do local do Templo do Rei Salomão. O
Venerável Mestre, o Primeiro e Segundo Vigilantes tem assento no Oriente e
respectivamente representam Salomão, Rei de Israel, Hirão, Rei de Tiro, e Hiram
Abif, os três Grão-Mestres que presidiram na construção do Templo em Jerusalém.
Tradicionalmente os dois Reis deveriam estar coroados, vestir mantos vermelhos
e portar os cetros reais, porém, na prática atual todos os três Grão-Mestres
usam os mantos dos Principais do Arco Real, mas raramente usam coroas ou
cetros. Os Oficiais não usam colares e nem portam varas. Os títulos dos principais
Oficiais são os seguintes:
Rei
Salomão Venerável
Mestre
Rei
Hirão de Tiro Primeiro
Vigilante
Hiram
Abif Segundo
Vigilante
O candidato neste Grau é referido
com tendo sido “Admitido ao Grau de Maçons Eleitos dos Vinte e Sete e Criado um
Grande Guardião de Salomão”.
CRUZ
VERMELHA DA BABILÔNIA
A Cruz Vermelha da Babilônia foi uma
das quatro cerimônias que o Grande Conselho tomou sob o seu controle
inicialmente. O Grau, que é o de maior profundidade mística dos Graus Maçônicos
Aliados, é de considerável antiguidade. Suas três partes, ou pontos, descendem
de três dos graus dos Ritos que eram praticados em meados do século dezoito.
A tragédia ocorrida na construção do
Templo do Rei Salomão que é descrita no Terceiro Grau da maçonaria simbólica,
inspirou os compiladores de todos aqueles ritos a incluir uma série de graus
ligados à construção do Segundo Templo, como sendo uma alegoria de vida. Em
cada uma das séries, o cenário se localiza parcialmente na Babilônia e
parcialmente em Jerusalém, mas onde quer que as séries comecem ou terminem, no
meio há um curto, mas importante episódio do cruzamento de uma ponte sobre um
rio.
Nas grandes religiões do mundo –
Cristianismo, Judaísmo, Islamismo, Zoroastrismo, Confucionismo, Xintoísmo –
existe a tradição de que alma deve atravessar o rio da morte, geralmente sobre
uma ponte, como também por um barco, conforme a mitologia grega, ou até pela
divisão das águas, no exemplo de Elias antes de sua ascensão.
Em algumas jurisdições dos Estados Unidos existe um trabalho dramático da
Passagem da Ponte como uma exigência prévia à exaltação no Arco Real.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDGyK3Q4QCHQSX3hENizSRfJUdUHpRmj1a04qXZvaj_J_BF6JFYdFDxXuJIFkQn8zt1W4SzWG2nWB2S9jBw3NnVC_9SIeU5GSsG4ma5K8YigvcQOjzV4RMSBo-EiWmB-fcdU_aUsjooCvT/s1600/RedCrossBabylonJewel.bmp)
O Grau da Cruz Vermelha da Babilônia nos
ensina a manter invioláveis os nossos segredos maçônicos e de resistir a todas
as tentações de sua revelação, independentemente do proveito pecuniário que pudesse
advir da revelação. O grau enfatiza a importância da Fidelidade, Integridade e
Verdade.
Em muitos Conselhos antigamente
havia o costume de suspender os trabalhos para um banquete durante o curso da
cerimônia.
Neste Grau, diz-se que o candidato
foi “constituído e criado Cavaleiro da Cruz Vermelha da Babilônia”.
Os paramentos usados
tradicionalmente neste Grau consistem apenas de uma Joia em formato de uma cruz
de sete pontas, tendo ao centro espadas douradas cruzadas sobre um círculo
esmaltado. Na prática atual, esta joia é usada no peito esquerdo, suspensa de
uma fita verde.
A
SAGRADA ORDEM DO GRANDE SUMO SACERDOTE
A Sagrada Ordem do Grande Sumo
Sacerdote, que foi extensivamente praticada em Lancashire e Yorkshire e outras
partes da Inglaterra sob a égide de algumas lojas dos “Antigos”, foi uma das
quatro cerimônias controladas pelo Grande Conselho. Tanto na Inglaterra quanto
nos Estados Unidos ela foi designada como sendo uma “Ordem”, e este título, ao
invés de “Grau”, foi preservado no Ritual.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbO7E53hcOMpf4G7M4jBu3cnn4szpFR44mL8crlOBaNXpwvFa1QvZ3p0OpqU53Kc0swDaF8qVrA-c356DlOxogQAuR-YS-vJGTDUznmC9Nxok2bzYNz7VHst-Jl5etcUvIF097AVLBvFD6/s1600/grande+sacerdote.jpg)
A Ordem nos transporta para um nível
elevado do pensamento maçônico. Ao ser admitido, o Companheiro percebe que está
destinado aos mais altos deveres e responsabilidades na vida, como homem e como
um Maçom; ele é ensinado que, para desempenhar estes deveres, é chamado para se
dedicar a serviço de Deus Altíssimo, como também aos seus semelhantes.
Os títulos dos Oficiais da Convenção
da Ordem são: Muito Excelente Presidente
Vice Presidente
O Muito Excelente Presidente veste
um manto branco, sobreposto por um peitoral, e uma mitra branca. O Vice
Presidente veste um manto vermelho e o Capelão um manto azul claro: para estes
dois oficiais os mantos do Arco Real são apropriados. Não é uma prática usual
os Oficiais usarem os colares dos Oficiais de uma Loja de São Lourenço o
Mártir; e nem devem usar os bastões dos cargos.
Setembro
de 2012.
Imagens da rede colméia: www.redecolmeia.com.br
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